Manchas de óleo foram registradas na Praia dos Carneiros, em Tamandaré, no Litoral Sul de Pernambuco, uma das mais procuradas pelos turistas. As manchas voltaram a surgir no estado na quinta (17), em São José da Coroa Grande. Peritos da Polícia Federal foram à cidade recolher amostras do material que chegou à praia.
Por volta das 11h30, a Prefeitura de Tamandaré confirmou que os arrecifes foram atingidos pelo óleo. O Segundo o biólogo marinho Clemente Coelho Junior, que também é professor da Universidade de Pernambuco (UPE), a limpeza do arrecife é “praticamente impossível” porque ele é poroso e absorve a substância.
O dano na barreira próxima a Carneiros foi em uma área reduzida, mas não se sabe a dimensão do desastre ambiental na região, disse o pesquisador. “Atingiu uma pequena parte dos arrecifes, mas não se tem uma vistoria em outros bancos de arrecifes, apenas nesse que está colando à Praia de Carneiros”, detalhou.
A recuperação da área atingida pelo óleo vai levar décadas, afirmou ainda. “Eu diria que é maior tragédia ambiental do litoral brasileiro.Temos que prestar atenção ao que vem acontecendo. A gente está correndo o tempo todo atrás desse óleo”, disse, cobrando a identificação do ponto de origem do problema.
O capitão da Marinha Gilson Cunha, que faz parte da equipe que veio do Rio Grande do Norte auxiliar os trabalhos em Pernambuco, apontou que o clima ajudou no avanço do óleo pelo litoral pernambucano. “A força do vento aumentou e isso facilitou a chegada de novas camadas de óleo, atingindo Carneiros”, disse.
Voluntários se mobilizaram para auxiliar na ação de limpeza da Praia dos Carneiros, atingida principalmente na altura do restaurante Bora-Bora. A prefeitura da cidade vinha monitorando a área desde setembro e, com a chegada do óleo, deslocou as equipes para atuar na limpeza. O trabalho de retirada do óleo é feito manualmente.
O secretário de Meio Ambiente de Tamandaré, Manoel Pedrosa, afirmou que vai fazer uma parceria com a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) para verificar o impacto ambiental da nova mancha de óleo no município. Uma das principais preocupações é a área de arrecifes.
“Aqui em Tamandaré, a gente tem o maior experimento de recuperação ‘recifal’ e esse experimento fica em risco. Estamos há 20 anos trabalhando para conservação dos recifes de corais para produção de peixes e lagosta”, disse.
O secretário de Meio Ambiente do estado, José Bertotti, apontou que o óleo chegou em menor quantidade que o registrado em São José da Coroa Grande.
“Fragmentos de mancha chegaram agora [sexta, 18] pela manhã na Praia dos Carneiros. Não são manchas extensas como registramos em São José da Coroa Grande. Elas chegaram fragmentadas e pela maré. Ali existe uma grande Área de Proteção Ambiental, e estamos fazendo esse trabalho de contenção”, afirmou Bertotti.
Por volta das 12h30, dois peritos da Polícia Federal chegaram a Carneiros para recolher amostras do material que chegou à praia nesta sexta para análise. Um inquérito federal investiga a origem das manchas, que atingem todo o Nordeste.
Além da Praia dos Carneiros, foram registradas manchas na Praia da Boca da Barra, no mesmo município. Segundo a prefeitura, a substância começou a chegar ao local após as 10h desta sexta, mas “em pequeníssima quantidade”.
A maioria dos voluntários foram deslocados para auxiliar na limpeza de Carneiros, mas equipes também seguiram para a segunda praia atingida em Tamandaré.
A Colônia de Pesca Z5, que tem a cidade como base, mobilizou barcos para iniciar, no sábado (19), o monitoramentos intensivo a, pelo menos, 2 a 5 milhas da costa. “Foi montado ainda um posto de monitoramento aéreo em Carneiros” e mais um posto no farol do Forte de Tamandaré”, afirmou a prefeitura em nota.
Com a reincidência do problema em Pernambuco, a prioridade é evitar que o óleo chegue em áreas estuarinas. Helicópteros e embarcações fazem o monitoramento do litoral pernambucano.
“Fizemos o fechamento da entrada do Rio Persununga, que fica próximo à divisa entre Pernambuco e Alagoas, e do Rio Una, depois que fizemos a limpeza de uma mancha que apareceu na foz”, afirmou o secretário de Meio Ambiente.
O foco nesse trabalho é para evitar a perda de espécies como o mero, um peixe comum na costa pernambucana. “Para que ele fique grande e bonito, ele nasce no estuário”, explicou Bertotti.
A força-tarefa está com dois postos avançados para atuar e monitorar as manchas no estado. O primeiro foi instalado em São José da Coroa Grande, primeira cidade pernambucana a ser atingida novamente pelo óleo e a mais próxima da divisa com Alagoas. O segundo, foi montado em Maracaípe, praia paradisíaca do município de Ipojuca, no Grande Recife.
A prefeitura de Ipojuca instaurou, na cidade, um gabinete de crise para acompanhar a situação do óleo. Além de Maracaípe, o município é rota turística também pelas praias de Porto de Galinhas e Muro Alto. Em nota, a Marinha do Brasil informou que a população pode relatar o surgimento de manchas em praias através do telefone 185.
Fonte: G1
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