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Lixo encontrado no litoral potiguar atinge trecho da Via Costeira em Natal

Lixo atinge trecho da Via Costeira, em Natal — Foto: Divulgação/Semurb

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb) constatou nessa quinta-feira (29) a presença de lixo em um trecho da Via Costeira, em Natal. O caso já foi comunicado ao Instituto de Desenvolvimento Sustentável do Meio Ambiente no RN (Idema). Desde a semana passada, pelo menos seis toneladas de lixo apareceram em praias do Rio Grande do Norte.

“Não foram observados grandes volumes de resíduos boiando nas águas, mas, infelizmente, para nossa tristeza, verificamos que o lixo chegou ao litoral natalense nesta quinta (29), no trecho da Via Costeira próximo ao Hospital de Campanha”, relatou o supervisor de Água e Solo (SPASO) da Semurb, Gustavo Szilagyi. “Durante o monitoramento da quarta-feira (28) foi possível observar a presença de tartarugas marinhas e grupos de mamíferos como os golfinhos. Observou-se ainda cardumes de peixes como a sardinha, serra e o bonito. A presença dos animais evidencia uma importante qualidade ambiental do ecossistema marinho no trecho”, completou.

O monitoramento na costa de Natal foi iniciado justamente em decorrência do incidente dos últimos dias, quando toneladas de resíduos sólidos foram encontradas no litoral Sul potiguar. O Idema orientou que o lixo fosse recolhido e reservado. A Urbana vai realizar a limpeza no trecho da Via Costeira.

“Como este resíduo é parte de uma investigação da Polícia Federal, que abriu um inquérito para apurar sobre a origem e responsabilidade pelo dano ambiental, todo ele deverá ser recolhido e levado um depósito, a fim de que os peritos federais possam analisar o seu conteúdo em busca de provas que possam ser utilizadas”, completou o supervisor.

O trecho monitorado nesta quinta-feira (29) corresponde a uma porção de aproximadamente 470 metros lineares, sendo reconhecido pela deposição periódica de resíduos jogados ao mar por embarcações que transitam pela costa do RN. Não é difícil encontrar embalagens diversas escritas em línguas como o mandarim e o inglês, pedaços de cordas, redes, madeira e isopor. Em imagem divulgada pela secretaria, é possível identificar um copo d’água mineral com menção ao governo de Pernambuco.

“Além dos resíduos já esperados, foram encontrados muitos semelhantes aos observados na orla dos outros municípios atingidos, sobretudo, resíduos urbanos como copos descartáveis de água mineral, embalagens de margarina, tampas e rótulos de bebidas e até um medicamento para tratamento de distúrbios metabólicos hepáticos. As embalagens de água mineral tinham como origem de fabricação e distribuição o estado de Pernambuco e uma delas o rótulo de um restaurante no bairro de Encruzilhada, em Recife”, destacou Gustavo.

A Semurb informou ainda que o monitoramento das praias será realizado diariamente até que haja uma conclusão para o caso. A equipe de fiscalização utilizou uma embarcação pertencente a uma empresa privada, que explora o serviço de passeio turístico no local.

Sob investigação

No Rio Grande do Norte, o lixo atingiu praias de Nísia Floresta, Tibau do Sul, Canguaretama e Baía Formos. Segundo o Idema, informações mais recentes apontam que as cidades de Natal, Parnamirim e Senador Georgino Avelino também teriam recebido resíduos sólidos. Porém, o órgão afirmou que os relatos recebidos foram de moradores e ainda não houve comunicação formal das prefeituras.

O Consórcio Nordeste formou uma rede de apoio entre estados da região para enfrentamento às toneladas de lixo que apareceram na orla do Rio Grande do Norte e Paraíba desde o dia 16 de abril. Especialistas deverão ser enviados pelos estados para contribuir na perícia do material e investigação sobre a origem e responsabilidade pelo dano ambiental.

A Polícia Federal abriu um inquérito para investigar a origem do lixo que chegou às praias no Litoral Sul do Rio Grande do Norte. Segundo o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do estado (Idema) os municípios potiguares já contabilizam mais de seis toneladas de lixo colhidas. O Ministério Público Federal do Rio Grande do Norte e o Ibama também realizam investigação sobre a origem do lixo.

Fonte: G1RN
Ponto de Vista

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