Desde que o Ministério da Educação anunciou cortes na casa dos 24,84% nos investimentos reservados para escolas, universidades e institutos federais, milhares de pessoas saíram às ruas para protestar.
O ministro Abraham Weintraub, no entanto, nega que tenha ceifado o orçamento das instituições de ensino. Convocado para falar aos deputados federais, o comandante da pasta da educação do governo Bolsonaro disse que a medida nada mais é que um contingenciamento de verba.
“Não estou querendo diminuir o ensino superior. Ao que a gente se propõe? Cumprir o plano de governo que foi apresentado. Prioridade é ensino básico, fundamental, técnico”, declarou aos parlamentares.
A Livraria Leonardo da Vinci, que fica no Rio de Janeiro, ironizou a fala do ministro. O post nas redes sociais mostrou a fotografia de um livro de Franz Kafka cortado quase pela metade.
“Antecipadamente, pedimos desculpas pelo corte de 25% no livro, mas a situação das livrarias brasileiras está difícil. Temos certeza que isso não impedirá sua leitura atenta e apaixonada”, diz o texto promovendo o livro A Metamorfose.
A postagem caiu nas graças dos usuários e seguidores da página. Foram mais de cinco mil curtidas e outros dois mil compartilhamentos. Ainda mais porque a livraria tirou onda com uma gafe cometida por Abraham.
Em audiência na Comissão de Educação do Senado, ele confundiu o nome do escritor Franz Kafka com a nomenclatura de um prato típico da culinária árabe, kafta.
“Eu sofri um processo administrativo interno (e eu fui inocentado, ele foi arquivado), mas, durante um ano e oito meses, eu fui investigado, processado e julgado”, disse o ministro. “[No processo] está escrito inquisitorial e sigiloso. Que eu saiba, só a Gestapo fazia isso. Ou no livro do Kafta ou a Gestapo”, continua.
“Rio de Janeiro, 16 de maio de 2019.
Excelentíssimo sr. Ministro da Educação Abraham Weintraub
Conhecendo seu apreço pela educação, em especial pela leitura de Franz Kafka, tomamos a liberdade de enviar para vossa excelência um exemplar de uma nova edição do grande clássico do escritor tcheco de expressão alemã, A metamorfose.
Antecipadamente, pedimos desculpas pelo corte de 25% no livro, mas a situação das livrarias brasileiras está difícil. Temos certeza que isso não impedirá sua leitura atenta e apaixonada.
Com a mais sincera estima,
Livreiros da Leonardo da Vinci”
O dia 15 de maio ficou marcado como o grande movimento de manifestantes contra medidas da gestão de Jair Bolsonaro. Pouco mais de 4 meses depois da posse, o presidente, que está recebendo homenagem nos Estados Unidos, definiu os manifestantes como “imbecis” e “idiotas úteis”. Ele ainda sugeriu que os jovens insatisfeitos não conhecem a fórmula da água e nem sabem fazer contas de multiplicação.
“A maioria ali é militante. É militante. Não tem nada na cabeça. Se perguntar 7 x 8 não sabe. Se perguntar a fórmula da água, não sabe. Não sabe nada. São uns idiotas úteis, uns imbecis que estão sendo utilizados como massa de manobra de uma minoria espertalhona que compõe o núcleo de muitas universidades federais do Brasil”, completou em meio aos gritos de ‘mito’ de alguns apoiadores.
Fonte: Hypeness.com
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