LEIA – Ana Luíza Rabelo

LEIA –

Esses dias, um amigo querido e brilhante escritor me procurou para um insight. Ele estava escrevendo sobre leitura e, como todos que escrevem, chegou num momento que “travou”, “deu branco”. Isso acontece com todos. Seja numa carta, num e-mail ou mesmo numa conversa, alcançamos aquele famigerado momento em que as palavras que queremos se escondem e complicam, literalmente obstruem a comunicação.

Resolveu o seu problema com maestria. E resolveu o meu. Naquele momento, ainda não sabia o recado que lhes passaria essa semana. No dia seguinte, porém, encontrei o meu mote ao assistir a um vídeo de Felipe Neto (youtuber brasileiro).

Nesse vídeo, falou-se muito, um pouco de tudo, da forma espontânea e “Dercilesca” (homenageando a saudosa Dercy Gonçalves) tão comum a este orador, mas, ao final, ele encerra com uma mensagem importante que o Brasil tem o triste hábito de ignorar ou simplesmente não difundir: a importância do costume da leitura.

Ainda no vídeo, ele fala coisas que chamam atenção: primeiro, a chave para o sucesso é uma mistura de estudo e esforço; “Nada é mais importante na sua vida do que quantos livros você vai ler, […] o que vai definir a sua capacidade cognitiva, sua capacidade criativa, sua capacidade de raciocínio, é a sua bagagem cultural, […] e a melhor forma [de adquirir essa bagagem] é a literatura”; “Leia, sobre tudo, de Harry Potter à astrofísica”; “ah, eu tenho preguiça de ler. [Então] Você não encontrou o livro certo”.

Isso é uma verdade incontestável. Quem lê tem vocabulário, escreve e fala bem, usa lógica e raciocínio. Quem lê tem o mundo nas mãos, mas apenas quem lê sabe disso.

Ler é viajar sem sair do lugar, é conhecer pessoas, histórias e até a si mesmo. Ousaria dizer que “diga-me o que lês e te direi quem és”.

Infelizmente, nem sempre se aprende a desenvolver o gosto pela leitura como se aprende a andar ou falar, através de estímulos. A leitura na escola é obrigatória e não há escolha, e em casa (lembro que existem casos e casas) é ignorada.

Leia para seus filhos, netos e sobrinhos. Deixe que as crianças o vejam lendo. Transforme essa “raridade” em normalidade. Quando somos estimulados desde criança, aquilo se torna corriqueiro. Mesmo que seja por curiosidade, aquela criança começa a descobrir a alegria das letras, das estórias contidas naquele objeto chamado livro.

Ler é dar vida a si mesmo; ensinar alguém a gostar de ler é mostrar o mundo ao outro. E nunca pense que é tarde para começar, um livro deseja apenas a sua companhia, e o pagamento é algo que ninguém nem nada pode tirar de você! Não perca tempo, sua hora chegou, varie os assuntos e autores até encontrar o gênero que transporta você para um mundo maravilhoso.

Livro é vida, não deixe que ela mofe na sua estante!

Ana Luíza Rabelo SpencerAdvogada – (rabelospencer@ymail.com)
As opiniões contidas nos artigos são de responsabilidade dos colaboradores
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