INDIGNAÇÃO –
Algum tempo atrás, não muito distante, estava em uma reunião e, por algum motivo que não me vem a lembrança, foram colocadas algumas situações cotidianas que propiciou uma discussão sobre a conjuntura atual.
Defensores de posições conflitantes elevaram um pouco o tom da conversa e seus interlocutores preferiram, prudentemente, encerrá-la.
Uma coisa me chamou muito a atenção: a discussão foi para um lado ideológico sem argumentações consistentes e ambos os lados, aparentemente, disso se aperceberam.
Pois bem, relembrando dessa passagem, comecei a colocar para mim mesmo qual é o meu entendimento sobre esse tema? Fiquei ao mesmo tempo preocupado e espantado com isso.
Sempre fui otimista muito embora, ultimamente, tenho estado mais cético quanto a evolução da conjuntura nacional.
Começou a passar pela minha cabeça, tal qual trailer de filmes, uma série de noticias, comentários e imagens que, ao invés de reduzirem meu espanto transformaram-no em indignação.
Nem mesmo a queda vertiginosa dos números da pandemia chegou a me animar, até porque, em minha opinião leiga, temos muito ainda a fazer; recém atingimos 50% da população totalmente vacinada e continuamos com uma grande disparidade entre regiões nessa questão.
Mas o que mais me chamou a atenção foram duas imagens chocantes: famílias, pessoas em grande número buscando alimentos em meio ao lixo e outras tantas em fila pedindo osso ou tentando recuperar alguma proteína ainda neles contida na caçamba de um baú.
Sabemos de antemão que isso até ocorria tempos atrás porém, não com tamanho contingente.
Os trailers foram passando com assuntos diversos, reformas, inflação, orçamentos secretos, desemprego enfim nada animador.
Estamos hoje em meio a uma tempestade ideal onde tudo corrobora para um futuro incerto e assustador.
Reformas imprescindíveis como a tributária e especialmente a administrativa não avançam e, como sempre, os grupos de maior influência mantêm o status quo e ainda garantem mais benesses.
A inflação de dois dígitos esquecida desde 2016 volta a rondar a economia.
A acumulada de um ano já está em 10,25% e no último mês atingiu 1,16% segundo o IBGE e sua tendência é de alta.
Para as classes de renda baixa a inflação sentida supera esse número em muito, basta ver os aumentos recentes dos gêneros de primeira necessidade e que compõem a cesta básica.
Com o índice de desemprego ainda próxima de 14%, massa salarial sendo reduzida, taxa de juros em alta e uma certa desorganização dos preços relativos o panorama não é animador.
Energia, combustíveis, gás e insumos para a produção de bens em alta ou em escassez.
Estamos ampliando a pobreza, desigualdade e fome!
Num país onde o agronegócio é o seu sustentáculo, é um paradoxo!
Sabemos que parte do problema se deve à pandemia instalada no país e no mundo há quase dois anos, mas só parte do problema, o restante se deve a inércia para providências efetivas no enfrentamento da situação.
Todas as questões envolvendo saúde, economia, educação, trabalho estão sendo relegadas a um segundo plano.
Hoje o importante é eleição! Todas as providencias, votações, emendas e outras tantas coisas são com o foco voltado para as eleições de 2022.
A política com fim em si mesmo ou para seus atores.
Até mesmo o novo auxílio Brasil e a bolsa diesel é com vistas a eleição que se aproxima numa ação de compra de sustentação política que, como é do conhecimento de todos, se tornou uma prática institucionalizada e ampliada.
Hoje não temos mais um congresso, temos um ¨Mall¨(centro de compras).
Espero que consigam ler também nas entre linhas do Mall, o mal, ambos aplicáveis nessa questão.
A realidade vivida pela população brasileira é preocupante, em nada tem a ver com os discursos oficiais.
Com foco nas eleições a economia vai se destroçando trazendo apreensão a todos minimamente informados.
Não há um projeto de nação com propostas exequíveis e estruturantes. A visão de curtíssimo prazo nos levará a sérias consequências.
Já se nota um aumento significativo no número de brasileiros que deixam o país por conta do cenário que se vislumbra.
Está se tornando difícil manter a esperança e algum otimismo.
Providências urgentes são demandadas para a reversão da situação que, a persistir, cobrará um preço muito alto da população brasileira.
A insensatez tomou conta da política.
A sensação que fica é de insegurança, desânimo e indignação!
Roberto Goyano – Engenheiro
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