IMAGINEM ESTA, O FOLCLÓRICO FREVO DE PERNAMBUCO TERIA VINDO DA RÚSSIA, PAÍS DA COPA –
Embora seja um ritmo dançado, explicado como uma mistura de gêneros como maxixe e polca, e com a dança derivada da capoeira, há outras interpretações para a origem. Uma delas, interessante, seria a influência de dançarinos russos da troika, quando aportaram no Recife no século XIX.
O mestre Câmara Cascudo seguiu a descrição original do frevo, então bailado “adotado” por multidões no carnaval pernambucano: “Trata-se de uma marcha de ritmo sincopado, obsedante, violento e frenético, que é a sua característica principal. E a multidão ondulando, nos meneios da dança, fica a ferver. E foi dessa ideia de fervura (o povo pronuncia ‘frevura’, ‘frever’, etc.), que se criou o nome de ‘frevo’.” [Dicionário do Folclore Brasileiro, Câmara Cascudo]
O certo é que a pândega festiva caiu no gosto popular nordestino e brasileiro.
Na verdade, do registro histórico pernambucano, houve a chegada de navios russos que atracaram em Recife. Constituiu-se numa das mais importantes expedições científicas do século XIX, a célebre “Expedição Langsdorff”. O título do comandante era o barão Georg Heinrich von Langsdorff (1774-1852).
Nessa breve estada em Recife, de passagem, eram assistidos os folguedos e danças dos tripulantes, no estilo da troika, com tradicionais volteios e meneios, que seriam assimilados pelos nativos em danças da terra. Após a chegada, a expedição ainda percorreria o interior do Brasil, após a passagem na capital Rio de Janeiro, por 17 mil quilômetros.
Ao percorrer itinerário fluvial pela selva amazônica, a expedição teve no final boa parte da equipe de pesquisadores dizimada pela malária, dos 39 homens que a integraram somente 12 sobreviveram. Segundo a historiadora e pesquisadora Lorelai Brilhante Kury, da Fundação Oswaldo Cruz, seus relatos acabaram sendo incríveis e importantes para a etnografia brasileira.
Na viagem de retorno, de Belém ao Rio, pela costa brasileira, teria se dado o aporte na cidade do Recife.
Eram tempos do império brasileiro, em que se investia na pesquisa e na documentação iconográfica, notadamente, dos grupos indígenas que se perderiam com o tempo. A inspiração do século era o naturalismo – científico, e a extensa expedição, incentivada pelo Império do Brasil, foi patrocinada pelo czar Alexandre I, e formada por artistas, naturalistas e cientistas. Seguramente, Langsdorf foi responsável por dar impulso e organizar o meio científico no Rio e no Brasil no século XIX.
Tudo isso para entender um pouco a alegria e o matiz de folclore proporcionado por uma dança bem brasileira e nordestina: o frevo.
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