HOSPITAL WALFREDO GURGEL –
O Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel reclama para continuar a ser uma referência da cidade do Natal. Esse nosocômio público foi inaugurado em 1971 e se firmou como essencial estrutura hospitalar de atendimento geral e de pronto-socorro da capital potiguar.
A administração pública quase sempre se reflete no bom funcionamento da instituição hospitalar central. E se houver lapsos neste anseio citadino indispensável, passa a prenunciar reclamos de atenção referida ao gestor principal da urbe rio-grandense-do-norte. É concorde que a prioridade de governo precisa estar direcionada a esse funcionamento meritório e essencial.
Além do que, a primazia administrativa deve ocorrer (valer) para todo o país. Como exemplo disso, há pouco, noticiou-se da outorga de certificação em excelência ao hospital público da Transamazônica, em Altamira, no Pará. Como tal a população conferiu a determinação do gestor público, que cingiu a precariedade de recursos e a distância, neste caso, buscou parceria com a administração federal. Não deixou arrefecer o atendimento medico essencial (e Constitucional) para os citadinos eleitores que honra seus tributos com trabalho duro.
Por outro lado, lato senso, toda a lacuna estrutural que afete a comunidade, quando subsiste por sucessivas administrações centrais, ou ainda por preterição de cunho educacional público, fatalmente desembocará em aumento de atendimentos a enfermidades de toda a ordem. Inclusive as de caráter fortuito, como as reletivas a acidentes de trânsito, como tal ocorre com os crescentes desastres envolvendo mortos.
Nesse ponto há de invocar a ação do departamento de trânsito e do valimento de anteparos legais para fazer frente a essas estatísticas funestas, que diretamente fazem sobrecarregar de certa maneira o Walfredo Gurgel. Sem esquecer deste dramático momento por que passa (também) a nossa capital potiguar: a violência urbana. Clama aos céus o investimento público (ou privado) por penitenciárias que atendam aos requisitos mínimos de retenção para a gravidade societária.
O aumento criminal igualmente sobrepesa os leitos hospitalares. Nesses termos pode-se entender que, primordialmente, a atenção e a subsistência do Walfredo Gurgel, tanto no cenário físico instrumental quanto no zelo de humanização para com os profissionais de saúde, estes tornados paradigmas de gestão, certamente trará resultados para a imagem, presente e futura, da cidade-luz nordestina.
Luis Serra – Professor e escritor
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