Homenagem a José Pinto Freire

Há algum tempo também perdi o meu pai, meu herói. E certa vez escrevi algo para ele como homenagem e reconhecimento. Permitam-me, meus amigos Nelson e Sérgio, encaminhar para vocês o que para ele escrevi naquela ocasião. Eu o faço aqui em homenagem ao seu pai, José Pinto Freire, consciente da grande lacuna que ele deixou em toda família, com sua partida há um mês.

Aos pais

Pai, posso hoje mais velho compreender
Todo o esforço e luta que foi sua vida.
Gosto meu pai ,até hoje, de sentar em teu colo
Beijar seu rosto e pedir a benção.

Pedir conselhos que só você sabe…
Nunca irei seguir, apesar de toda sua razão.
Mas nos norteia sempre como princípios
E nos dá a sensibilidade para a vida.

Ah… meu pai…. como é bom contar contigo
Saber que em qualquer hora sois o amigo
Aquele que independe de interesses
Que pede em troca o meu sorriso

Sabe meu pai, queria um dia poder,
Descrever, se é que é possível, meu sentimento,
Aquele que ultrapassa o filho
E é com certeza maior que o amigo

Obrigado meu pai, por me amar como me ama
Sabendo das minhas bobagens já feitas,
E há tanto esquecidas, mesmo aquelas…
Que só você meu pai…. sabe a ferida

Pois é meu pai… pudera eu contar o que sinto
Ainda que nem saiba direito bem como ….
Só sei meu pai que feliz sou eu, por tê-lo ao lado
E poder senti-lo sempre presente.

Por mais que o tenha machucado, magoado
Estas sempre presente, nas horas em que mais preciso
Não com reprimendas, mas com os braços
Sempre abertos, e ombros sempre a espera…

Desculpe pai, teu filho
Que te ama, mas nem sempre sabe
Como é sentir-te sempre
Pois nunca foste ausente

Obrigado meu pai, muito obrigado
E perdoa este teu filho
Que só hoje, mais velho e mais vivido
Soube o que por mim ainda tens sofrido

Roberto Goyano – Engenheiro