O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, defendeu ontem uma investigação sobre os próprios investigadores da Operação Lava Jato e disse que os procuradores da República precisam calçar “sandálias da humildade”. “Você não combate o crime cometendo crime. Ninguém pode se entusiasmar, se achar o “ó do borogodó”, porque a imprensa dá atenção a eles. Cada um vai ter o seu tamanho no final da história. Então, um pouco mais de modéstia. Calcem as sandálias da humildade. O país é muito maior do que essas figuras eventuais e cada qual assume sua responsabilidade”, disse o ministro, em referência aos investigadores e aos vazamentos de depoimentos. Nas críticas, o ministro lembrou da Operação Satiagraha, que levou à condenação do delegado Protógenes Queiróz por vazamento de informações sigilosas. “Já tivemos esse tipo de coisa. Em momentos passados, eu mesmo vivi aquela coisa da Satiagraha, com a Polícia Federal. De vez em quando se tem esse tipo de situação. Mas depois esses falsos heróis vão encher o cemitério. A vida continua”, declarou.
A revista Veja publicou, na edição do último fim de semana, reportagem que aponta uma suposta citação ao ministro do STF Dias Toffoli, que teria sido mencionado pelo presidente da OAS, Léo Pinheiro, nas negociações com procuradores do Ministério Público de uma eventual delação premiada. De acordo com a reportagem, o empreiteiro teria enviado técnicos para verificar um problema na casa do ministro e depois indicado uma empresa para reparar o dano. À revista, o ministro afirmou que pagou pelo conserto e não tem relação de intimidade com Pinheiro. A reportagem também mostrou mensagens de celular entre executivos da OAS com menções a Toffoli.
Gilmar Mendes criticou o vazamento da informação. “A investigação tem que ser em relação logo aos investigadores, porque esses vazamentos têm sido muito comuns. É uma prática bastante constante e eu acho que é um caso típico de abuso de autoridade. Isso precisa ser examinado com toda cautela”, afirmou, acrescentando “nenhum fato ilícito” é imputado a Toffoli. “Ninguém sabia que Toffoli estava envolvido nesse tipo de trama. Parece uma coisa um tanto quanto maquinada. Com os objetivos mais ou menos claros”, disse o ministro. Gilmar Mendes afirmou ainda que não acha necessário suspender as negociações para o acordo de delação premiada, como determinou o procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
“Não acho que seja essa a medida correta. Porque o pressuposto aqui é que houve vazamento por parte dos advogados, dos delatores, quando na verdade me parece que… ‘A quem interessa?’, é a pergunta. E não me parece, em princípio, a não ser que haja um maquiavelismo extremo, que seja por parte de quem quer obter uma redução de pena”, afirmou. Gilmar Mendes criticou ainda o poder que, segundo afirmou, os investigadores têm sobre a imprensa. “Essa gente passa a ter um poder enorme em cima dos jornalistas. Quem tem essas informações coletadas, passa a ter um poder imenso, inclusive direcionar para onde vão as imputações. Precisa ser racionalizado, precisa ter responsabilidade. Quem tem poder tem que ter responsabilidade.”
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