ELEIÇÃO –
Tenho acompanhado pela mídia o desenrolar da situação política nacional estando mais atento aos assuntos relativos à União.
As atenções estão divididas entre a CPI do Senado envolvendo a pandemia e o embate pela eleição presidencial.
Vejo a continuidade do infrutífero debate sobre esquerda comunista e direita fascista, embate este que não reflete e nem é adequado à analise da situação política e, o mais grave, tem gerado posições extremas das partes que, no pior caso, podem levar a um resultado catastrófico.
Não considero que chegaremos a um ponto de ruptura porém, se faz imperioso arrefecer os ânimos e trazer coerência aos debates, até porquê: ser à esquerda não é ser comunista, bem como ser à direita não é ser fascista, os extremos e o radicalismo é que são perigosos!
Pois bem vou ater-me à questão eleitoral colocando-a sob minha óptica e tendo como pano de fundo a volatilidade do momento e a sensível relação entre os poderes.
Como informação temos que: o sistema presidencialista de governo, tal como adotado no Brasil, onde o Presidente da República é chefe de Estado, de Governo e Administração pressupõe que este tenha maioria no congresso para poder levar a cabo seu mandato conforme planejado.
Aproximando-se das eleições já temos na realidade um clima e ações de campanha eleitoral abertamente declarados, pelo menos na questão presidencial.
Sendo a mais alta posição do país é perfeitamente admissível o espaço destinado pela mídia aos postulantes do cargo e as análises e comentários difundidos.
Observa-se hoje a polarização entre a esquerda e a direita e uma busca de uma terceira alternativa que, apesar de ser viável, ainda não aglutinou forças suficientes para a disputa.
Atualizando o panorama vemos o avanço do poder legislativo (congresso) para dentro do poder executivo exercendo, de certa forma, a condução da administração gerando alguns embates entre os poderes.
Está clara a antecipação da campanha eleitoral para a Presidência da República o que, no meu entender, não é admissível e nem legal neste momento.
Uma vez que a situação já está instalada e, aparentemente, não há contestação seria conveniente ampliar a discussão sobre o que está em jogo nessa eleição.
Temos para o certame que se aproxima a renovação de 1/3 do Senado e a totalidade da Câmara Federal, com vários postulantes tentando a reeleição, além da Presidência da República.
Nos estados serão eleitos: o Governo e vice e a Câmara Estadual, sobre os quais não pretendo tecer comentários apenas chamando a atenção para a importância dessa eleição.
Voltando à ampla divulgação e comentários sobre a questão do embate pela presidência acredito ser oportuna uma observação quanto à governabilidade atual e, posteriormente, a importância do sufrágio que se aproxima.
É do conhecimento geral a dificuldade do poder executivo em aprovar seus pleitos junto ao Congresso Nacional tendo sido derrotado em várias oportunidades.
Percebe-se que, além da pressão a que o executivo está submetido, tem estado subjugado às vontades do Congresso em várias oportunidades.
Esta situação obrigou o executivo a ceder espaço e orçamento
aos parlamentares numa medida, em minha opinião, um pouco além do razoável para manter a governabilidade.
Isto tem gerado críticas severas e abalado o conceito dos ocupantes dos poderes envolvidos junto ao eleitorado.
Não cabe neste artigo emitir qualquer opinião ou julgamento sobre fatos que tenham suscitados tais críticas porém, cabe sim chamar a atenção sobre a importância do parlamento em nosso sistema de governo, sempre relegado a um segundo plano pelos eleitores.
Desde a eleição passada que tenho comentado em conversas reservadas que: com um bom parlamento ¨até um poste¨ pode fazer um bom governo e, com um mau parlamento nem o maior líder e estadista conseguirá bons resultados.
Este comentário, meio jocoso, é na verdade a colocação da necessidade de maior divulgação sobre a questão da análise dos candidatos à cargos majoritários e de seus pares, partidários ou coligados, em disputa por vagas no parlamento. Isto pressuporia em princípio que, se eleitos, uma base política mais favorável daria sustentação ao governo.
Os eleitores normalmente votam em nomes, esquecem-se da necessidade de uma avaliação mais ampla sobre as propostas das candidaturas bem como daqueles que melhor se encaixam nelas.
É comum ver que um eleitor elege para um cargo majoritário e uma dada proposta de governo um nome e, para o seu suporte (senado federal, câmara federal, estadual ou mesmo municipal), outro nome frontalmente contra tal proposta ou, não tão alinhado a ela.
Isto com certeza no decorrer do mandato vai gerar uma série de conflitos e ruptura em varias situações.
Sabemos que é comum, em determinados assuntos, a necessidade de acomodação de interesses, isto é parte do sistema político seja ele qual for, nem sempre uma proposta é suficientemente abrangente e opiniões diferentes podem levar a um aprimoramento da proposta original.
Insisto na necessidade de ampliar esse debate, ou melhor dizendo, ensinamento sobre o voto e seu poder que, acredito eu, está fazendo falta para a grande maioria dos eleitores.
Na situação atual: os favoráveis ao governo devem, além de reeleger o principal mandatário sufragar aqueles que compartilham os mesmos ideais e propostas; em sendo contrário, é o momento de se colocar outro mandatário e renovar elegendo nomes que lhe darão o suporte necessário.
Meu objetivo neste artigo é colocar a extrema importância da eleição para o parlamento, Câmara e Senado Federal, tão importante, se não mais, quanto a eleição presidencial e chamar à responsabilidade os eleitores, favoráveis ou não ao poder instalado, sobre as consequências do voto.
Reflitam muito sobre o assunto, avaliem muito profundamente as propostas colocadas, vejam quem são os que as representam, separem o joio do trigo.
Quanto às mídias que deem igual relevo às eleições parlamentares e que auxiliem no entendimento da extrema importância desse assunto.
As consequências do voto serão sentidas por nós eleitores.
Roberto Goyano – Engenheiro
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