E VIVA O CARNAVAL… – Alberto Rostand Lanverly

E VIVA O CARNAVAL… –

Sempre considerei o começo e a metade, as fases mais importantes da vida e, por isso, devemos fazê-las durar um maior espaço de tempo. No início, tudo é maravilhoso porque vivemos de sonhos e nos esforçamos para chamar as atenções de nossos amados; logo após, as responsabilidades começam a pesar e a longa jornada da vida se apresenta, oportunizando crescimento pessoal e entremeando as etapas com momentos de festa, alegria e satisfação.

Feliz é quem consegue conviver com uma explosão de boas emoções e diferentes conquistas, honrando a infância, quando recebeu todas as vacinas capazes de curar as feridas oferecidas pela vida.

Em minha caminhada, convivi com pessoas recalcadas exigindo, ao falar, que as olhássemos nos olhos, escutássemos suas tristezas com paciência lhe respeitando os sentimentos, mas, também, com criaturas alegres, até quando choravam. Estas permaneciam jovens, apesar do passar dos tempos, porque sempre externavam otimismo, mesmo em dias de pouco sol.

Privei, igualmente, da intimidade de outras variando a rotina entre alegres e tristes, grosseiras ou simpáticas, amadas, odiadas, sorridentes e até lacrimejantes, chegando ao trabalho, cada dia, de forma diferente. Para mim sempre foi impossível descrevê-las, porque, em minha concepção, dentro de seu eu, tudo parecia incerto e mutável, dependendo dos acontecimentos.

Considero impressionante, contudo, a existência de uma época do ano na qual todos, independente de suas peculiaridades comportamentais, durante quatro dias, empreendem uma viagem sem fim, um caminho em ascensão ao mais puro de si próprios, rumo à descoberta de seu outro eu.

Isto acontece, exatamente, durante o Carnaval, quando estas três espécies de criatura se misturam parecendo esquecer os acontecimentos da vida e saindo por aí, como se o mundo se transformasse, do botão que fora, em uma grande rosa escarlate, com as ruas e praças das cidades unidas para acomodar milhares de foliões, deixando explodir todas as suas forças no prazer represado dentro de cada um.

Carnaval é assim: período de rir, andar, dançar, beijar, beber, lembrar ou esquecer… É gente deixando de ser gente, fingindo ser palhaço, com nariz de abobora e fazendo de quase tudo, até o chamado Entrudo: O Carnaval.

Sendo você alegre, triste, ou alegre e triste ao mesmo tempo, é hora de esquecer as frustrações e procurar viver cada momento em todas as suas emoções. Façamos a vida durar, alimentando, sempre, a jovialidade das ideias e ideais! Feliz carnaval 2020…

 

 

 

Alberto Rostand Lanverly – Presidente da Academia Alagoana de Letras

 

As opiniões contidas nos artigos são de responsabilidade dos colaboradores
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