O dólar recuou ontem a R$ 3,26 no mercado à vista, destoando da alta no exterior. O movimento ganhou força à tarde com entrada de recursos no País pela via comercial e financeira, após sinalização do Banco Central pela manhã de que as condições para sua atuação no câmbio “estão mudando”. Lá fora, entretanto, a direção foi contrária e a divisa norte-americana avançou em meio à tensão que precede a decisão de política monetária dos Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), na semana que vem. No segmento à vista, o dólar caiu pelo segundo dia consecutivo e fechou cotado em R$ 3,2671 (-1,01%). De acordo com dados registrados na clearing da BM&F Bovespa, o volume de negócios somou US$ 990,939 milhões No mercado futuro, o contrato de dólar para outubro registrou R$ 3,2775, em baixa de 1,28%, enquanto o giro chegou a US$ 16,982 bilhões.
Por aqui, o dólar enfrentou nova manhã de instabilidade, com indicadores econômicos dos Estados Unidos, e se firmou em queda à tarde. A pressão negativa sobre o dólar ante o real veio logo no começo do dia com comentários do presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, em entrevista à Reuters. “Estamos vendo as condições diminuindo para redução do estoque de swaps cambiais”, afirmou Ilan. A autarquia tem promovido adequações na estratégia de redução de sua posição vendida em swaps cambiais com a proximidade de novo movimento de alta de juros nos Estados Unidos. Por trás disso, está a intenção de reduzir o estoque total, mas sem que os leilões tragam pressão adicional ao câmbio, num momento em que o Federal Reserve está perto de agir.