O Dia Mundial do Refugiado é celebrado nesta quinta-feira, 20 de junho.
A data, criada pelas Nações Unidas, visa homenagear milhões de pessoas que são forçadas a sair de suas casas ou mesmo países para fugir de guerras, crises econômicas e perseguições.
Relatório divulgado esta semana pelo Acnur, Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, mostra que, em 2018, cerca de 71 milhões de pessoas estavam em situação de deslocamento.
A pesquisa também mostra que o Brasil tornou-se o sexto país com mais novos pedidos de asilo, atrás apenas dos Estados Unidos, Peru, Alemanha, França e Turquia.
Só no ano passado, o governo brasileiro recebeu 80 mil novas solicitações de refúgio. A maior parte delas de venezuelanos.
O coronel George Kanaan, da Força Tarefa Humanitária da Operação Acolhida, conta que uma média de 470 venezuelanos chegam por dia a Roraima. A média é um pouco mais baixa da registrada no ano passado.
A diferença é que aumentou o número de venezuelanos que chegam sem condições para se manter, por falta de recursos financeiros ou formação profissional.
“Observamos que o número de desassistidos aumentou. Isso impactando no abrigamento e em pessoas desassistidas na rua. Para mitigar isso, uma vez vez temos 11 abrigos, nós fizemos um ordenamento da rodoviária internacional, e ali temos vários serviços como posto de informações, guarda-volumes protegida e um espaço seguro para doações.”
Os pedidos de refúgio no Brasil são analisados pelo Conare, Comitê Nacional para os Refugiados, ligado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Bernardo Laferté, coordenador-geral do Conare, destaca que na semana passada o comitê reconheceu a grave e generalizada ameaça aos direitos humanos na Venezuela.
“Isso diminui meu tempo de análise consideravelmente. Um processo que pode durar de cinco a oito horas para um caso para algo que eu consigo resolver em vinte minutos. Isso eu falo da instrução processual dos pedidos de venezuelanos.”
Além dos venezuelanos, o Brasil tem recebido milhares de imigrantes oriundos de países árabes e africanos.
A congolesa Hortense Lduyi, de 37 anos, chegou há quatro anos em São Paulo após intensa perseguição política e teve o pedido de refúgio aceito. Ela é formada em Direito, mas enfrenta dificuldades em conseguir emprego e ainda luta para trazer duas filhas que ficaram no Congo.
“A primeira coisa que me acolheu foi a discriminação do negro brasileiro. Eu enfrento o que enfrenta o negro brasileiro dia a dia. Isso é eu acho que é diferente dos outros refugiados da cor branca, por exemplo. Quando eles estão na rua, eles se misturam com o branco brasileiro. Não dá pra saber que esse é um estrangeiro.”
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados realiza ainda este mês uma série de debates e atividades culturais voltadas para o apoio a essa população no Brasil. Existem ações previstas em sete estados e no Distrito Federal.
Para mais informações, acesse www.acnur.org/portugues/diadorefugiado/
Fonte: Agência Brasil
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