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Coronavírus: Fabricadas em impressoras 3D, ‘máscaras-escudo’ são doadas a hospitais do RN

Pesquisadores e estudantes do Instituto Santos Dumont atuam na produção de máscaras-escudo para profissionais de saúde, durante pandemia do cornavírus — Foto: ISD/Divulgação

O Instituto Internacional de Neurociências Edmond e Lily Safra (IIN-ELS), do Instituto Santos Dumont (ISD), começou a entregar neste fim de semana o primeiro lote de ‘máscaras-escudo’ que pesquisadores e alunos estão produzindo para doação a hospitais que atendem casos de coronavírus e outros graves no Rio Grande do Norte.

Com a pandemia do chamado Covid-19, a alta demanda por esse tipo de material – considerado essencial para o trabalho dos profissionais da saúde – provocou escassez no mercado. Três impressoras 3D são usadas na fabricação dos equipamentos, que são reutilizáveis.

A linha de produção montada no instituto envolve pesquisadores e alunos do mestrado em neuroengenharia e vai significar uma produção inicial de 600 máscaras, que deverá ser ampliada. Pelo menos outras mil são previstas.

Um total de 210 unidades, deste primeiro lote, vai suprir a demanda de quatro hospitais e de uma unidade de pronto-atendimento em Natal, Parnamirim e Macaíba. As 390 restantes, o Instituto afirmou que irá distribuir de acordo com pedidos encaminhados para o e-mail covid19@isd.org.br e avaliação de comissão interna.

O instituto está levantando doações para continuar a produção dos equipamentos. Produzidas a um custo de R$ 5 por peça, as máscaras são feitas à base de acetato plástico e semelhantes a produtos atualmente vendidos na internet por preços que variam de R$ 25 a R$ 90. Elas devem ser usados em conjunto com toucas, óculos de proteção e máscaras descartáveis.

“Esse tipo de máscara, chamada Face Shield, é um equipamento de proteção individual reutilizável para profissionais de saúde e funciona como uma espécie de escudo para cobrir o rosto inteiro durante procedimentos considerados de maior risco de contaminação, como no caso do Covid-19”, explica o coordenador de pesquisas do Instituto, Edgard Morya.

Além de máscaras, as impressoras já vão começar a trabalhar para criar também válvulas de ventiladores pulmonares usados em pacientes com casos mais graves de falta de ar e dificuldades respiratórias. Em outra frente, o grupo trabalha em um modelo de respirador mecânico de baixo custo e “open source” – projetos que podem ser replicados por qualquer interessado.

Casos

Em Macaíba, cidade da região metropolitana de Natal e sede do Instituto Santos Dumont, o primeiro caso de coronavírus foi confirmado neste sábado (28). À noite, o governo do Rio Grande do Norte também confirmou a primeira morte no estado pelo novo coronavírus. O caso envolvia um professor universitário de Mossoró, no Oeste potiguar. A produção de equipamentos para os profissionais de saúde no IIN-ELS teve início um dia antes.

Profissionais de áreas como fisioterapia, engenharia, biomedicina e enfermagem, entre professores e alunos do mestrado do Instituto, se mobilizaram durante toda a sexta (27) e o sábado (28) desenhando, cortando e montando as peças com o auxílio das impressoras 3D.

Normalmente usadas no laboratório de Interface Homem-Máquina do Instituto para produzir próteses, órteses e outros dispositivos para reabilitação de pacientes com Parkinson e lesões de medula, as impressoras trabalharam durante 8 horas no primeiro dia para abastecer as unidades de saúde de Macaíba com 40 máscaras.

Eles foram entregues à UPA Aluízio Alves, principal serviço de urgência e emergência do município, e ao Hospital Regional Alfredo Mesquita Filho, onde inexistia a oferta para o trabalho dos profissionais.

Dos lotes iniciais de produção, mais 60 máscaras serão doadas a um dos principais serviços de referência para Covid-19 em Natal, o Hospital Giselda Trigueiro. Outras 60 serão entregues para atendimento de casos de urgência não relacionados ao coronavírus na Maternidade Escola Januário Cicco, principal referência para gravidez de alto risco no estado, e 50 chegaram neste domingo ao Hospital Deoclécio Marques, em Parnamirim – que é referência para casos de trauma e ortopedia, inclusive em cirurgias de urgência com alto risco de contaminação para as equipes de saúde.

Ponto de Vista

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