CONSULTORIA FISCAL E TRIBUTÁRIA – Alcimar de Almeida Silva

MAIS ATENÇÃO MUNICIPAL À CFEM INFRAESTRUTURA –

No mês de maio passado mais de mil Municípios em todo o Brasil, inclusive 36 no Rio Grande do Norte, dentre alguns com valores bem expressivos, receberam valores represados entre junho de 2018 e março de 2020 referentes à CFEM – Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais incidente sobre existência em seus territórios de infraestrutura de exploração de recursos minerais em territórios de outros. Compreendida esta desde barragens de rejeitos, portos e minerodutos, vias férreas e rodovias até simples instalações, como barracões, depósitos de resíduos e outros.

Porque, com a vigência das novas normas daquela compensação financeira, estabelecidas pela Lei Federal n° 13.540/2017 passou ela a ter como fato gerador também estas infraestruturas utilizadas na exploração, beneficiamento e escoamento dos recursos minerais, dos mais simples, como areia e cascalho, até os mais nobres, como tungstênio e ouro. O que deve merecer mais atenção das administrações daqueles Municípios onde, mesmo não havendo exploração de recursos minerais em seus territórios mas contam com a presença daquelas infraestruturas.

Tanto é que, creditados no mês de maio passado aqueles valores acumulados correspondentes ao período de junho de 2018 a março de 2020, acaba de serem creditados os valores correspondentes ao mês de abril de 2020 – porque sempre no segundo mês após a ocorrência dos fatos geradores. Novamente sendo contemplados os mesmos 36 municípios do Rio Grande do Norte, com valores mais expressivos, pela ordem decrescente, para os de Serra Negra do Norte, São Rafael, Currais Novos, Apodi e Lajes, o que significa dizer que agora passaram eles a contar com essa nova receita mensal regular.

A aplicação dos recursos da CFEM segue as mesmas normas aplicadas às compensações financeiras pela exploração de petróleo e gás natural e de recursos hídricos utilizados na produção de enérgica elétrica, estabelecidas no art. 8° da Lei n° 7.990, de 28 de dezembro de 1989, cujo caput veda sua aplicação no pagamento de dívida e de pessoal do quadro permanente. Cuja interpretação do que seja divida deve ser buscada no art. 37 da Lei 4.320/64, enquanto para quadro permanente de pessoal deve ser buscado o de pessoal com provimento em caráter efetivo e mediante concurso público, cabendo ainda observar as exceções do parágrafo primeiro e incisos I e II do art. 8°, da Lei n° 7.990/89 (pagamento de dívida para com a União e suas entidades, assim como para despesas de manutenção e desenvolvimento do ensino básico).

Alcimar de Almeida Silva, Advogado, Economista, Consultor Fiscal e Tributário

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