COMPORTAMENTO HUMANO: VALORIZADO OU NÃO? – Maciel Matias

COMPORTAMENTO HUMANO: VALORIZADO OU NÃO? – 

Ações físicas e emocionais, vinculadas a um indivíduo ou um grupo de pessoas.

Todas as informações que adquirimos ao longo do tempo formam esse comportamento, principalmente na infância,onde são fundamentais a orientação e o treinamento para a consolidação do comportamento definindo a personalidade, o caráter e as formas de reagir, diante das agressões e emoções que se apresentam durante a vida.

Perguntaram a Mahatma Gandhi quais são os fatores que destroem os seres humanos. Ele respondeu:

1. O prazer, sem compromisso.
2. A riqueza, sem trabalho.
3. A sabedoria, sem caráter.
4. Os negócios, sem moral.
5. A ciência, sem humanidade.
6. A oração, sem caridade.
7. A política, sem princípios.

Isso resume os valores do comportamento humano. Durante a evolução do indivíduo os comportamentos e atitudes se modificam nas várias fases da vida. Na infância as reações são instintivas e reagimos diante das necessidades, principalmente diante da fome ou da retirada de algo que gera satisfação, o choro é iminente. Nessa fase a aprendizagem é fundamental. Na adolescência a busca de novas descobertas e a ânsia de liberdade, aflora de forma intempestiva levando a decisões por conta própria, rejeitando qualquer opinião em contrário. Na fase adulta chega a maturidade com novas perspectivas diante de atividades profissionais. Nesse momento a responsabilidade é uma realidade, as cobranças da sociedade e da família estão presentes no dia a dia, moldando finalmente o comportamento e traçando os caminho da vida. A busca do sucesso é um dos objetivos junto ao sustento e ordenação da família. Ao caminhar na vida, o tempo é um implacável alerta para o futuro, é o momento necessário para consolidar o comportamento e onde as frustrações podem surgirem, quando o desperdício e o descontrole não fizeram parte do passado. O questionamento será uma companhia desagradável, a partir de então. Como estão os filhos, como será a sustentabilidade diante de uma redução da sua capacidade laborativa, redução de receita e aposentadoria insuficiente para manter os padrões dele próprio e dos dependentes. Nem sempre isso foi lembrado, nem compartilhado pelos familiares, onde os controles, as necessidades e as obrigações, simplesmente não foram valorizadas.

Na fase adulta as observações comportamentais ficam mais evidentes no ambiente de trabalho, quando passamos um maior tempo interagindo com as pessoas. As regras impostas pelo ambiente de trabalho e as características organizacionais das empresas podem provocar reações comportamentais que levam a discórdias e conflitos,necessitando um esforço para superar momentos de estresse e frustrações. É aí que entra a área de gestão de pessoas, antigo departamento de recursos humanos, onde a função de simplesmente coordenar as atividades do trabalho, passa a coordenar pessoas, onde a seleção dos profissionais leva em consideração não apenas os aspectos técnicos porém, principalmente os aspectos comportamentais.

Aqui me faz lembrar uma situação por mim vivenciada quando trabalhava na Maternidade Escola Januário Cicco, sob a direção do saudoso Prof. Leide Morais. Por ocasião de um concurso, após as provas teóricas, práticas e a temida entrevista, um resultado foi surpresa para muitos. Uma das vagas era disputada por dois candidatos, um deles era sabido de todos, ser tecnicamente mais qualificado que o outro e ao sair o resultado final o menos qualificado ficou com a vaga. Estabeleceu-se um burburinho de dúvidas compartilhado com os demais candidatos, inclusive eu. Aquilo me acompanhou por muitos anos e somente algum tempo depois, já com uma ótima convivência com o Prof Leide, tive a oportunidade de abordá-lo e questionar o assunto que me inquietava. – Por que a candidata menos técnica havia sido aprovada em detrimento da outra, pergunto eu. Ele de imediato me respondeu. – Maciel, a técnica eu posso ensiná-la, porém o caráter não. Fiquei calado, finalmente entendendo o que um líder deve fazer para selecionar seus comandados. Essa uma das muitas lições que aprendi com ele e levo por toda a vida, também compartilhando com muitos.

Dessa forma identificamos os perfis comportamentais no ambiente de trabalho. O criativo, o controlador, o incentivador e o analítico. Algumas vezes eles se apresentam isolados ou associados, o importante é o equilíbrio entre eles.

E assim mantendo o equilíbrio, nem tanto nem tão pouco, conseguimos uma harmonia no ambiente de trabalho e nas relações entre as pessoas.

 

 

 

Maciel Matias – Médico mastologista, maciel.omatias@gmail.com

 

As opiniões contidas nos artigos são de responsabilidade dos colaboradores
Ponto de Vista

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  • Parabenizo o dr. Maciel nessa sua crônicas que aliás considero muito pertinente as observações, sendo superficialmente analisadas a formação de caráter , eu diria que necessitaria de uma observação mais “profunda” , entretanto, muito válido o artigo para entretimento no “ponto de Vista” do senso comum. É isso aí, digo que sempre há um momento para se criar e recriar na jornada da vida.

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