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Companhias relatam incidentes com dois navios petroleiros no Golfo de Omã

Navio petroleiro que supostamente foi atacado nesta quinta-feira (13), no golfo de Omã. — Foto: Isna/Handout via Reuters

Duas companhias relataram incidentes nesta quinta-feira (13) com dois navios petroleiros no Golfo de Omã, diz a Reuters. Uma das operadoras das embarcações afirmou suspeitar que o navio havia sido atingido por um torpedo; outra empresa de navegação informou que seu navio estava em chamas.

As tripulações foram retiradas dos navios e não há registro de mortos. De acordo com a rede de televisão CNN, uma pessoa ficou ferida. Segundo a rede de televisão americana CBS, o “Kokuka Courageous” tinha 21 tripulantes e o “Front Altair”, 23.

A agência de notícias iraniana Irna afirmou que os 44 tripulantes foram resgatados inicialmente por equipes de busca do Irã e levadas ao porto de Jask, cidade do país que também é banhada pelo Golfo de Omã.

Por volta das 6h20, o preço do barril do petróleo tipo brent subia mais de 4% na bolsa de Londres, segundo a Bloomberg.

Inicialmente, veículos internacionais como a Sky News e o jornal The Telegraph informaram que os dois navios haviam sido atingidos por torpedos. Há suspeitas de que ambos tenham sido atingidos por projéteis, mas as causas do incidente ainda não foram confirmadas.

A empresa de navegação Bernhard Schulte, que administrava um dos navios, afirmou, segundo a Reuters, que o “Kokuka Courageous” foi danificado em uma “suspeita de ataque” que atingiu o casco acima da linha da água, enquanto ia da Arábia Saudita para Singapura. Segundo um negociador de embarcações ouvido pela Reuters, houve uma explosão que pode ter envolvido uma mina magnética no “Kokuka”.

“O navio está em segurança”, disse a empresa de navegação em comunicado. De acordo com a Bernhard Schulte, o navio continua no local e não corre risco de afundar, diz a CNN.

A companhia dona do “Kokuka Courageous” é a japonesa Kokuka Sangyo. Segundo a rede de televisão NHK, a embarcação levava 25 mil toneladas de metanol ao Japão.

A Kokuka Sangyo afirmou, em coletiva de imprensa, que recebeu um relatório afirmando que o navio japonês foi atingido por dois projéteis, com três horas de diferença. O presidente da empresa, Yutaka Katada, disse que o navio foi abandonado e ficou à deriva, mas que a tripulação está segura.

Um funcionário da empresa afirmou que o primeiro projétil atingiu a parte traseira do navio no lado esquerdo, causando um incêndio que foi apagado. Depois que o segundo projétil atingiu a embarcação, o capitão decidiu retirar as pessoas.

As informações são do jornal “Financial Times”.

A companhia nacional de petróleo de Taiwan disse suspeitar que o segundo navio, o “Front Altair”, de uma empresa norueguesa, “pudesse ter sido atingido por um torpedo.” O navio levava, segundo a Reuters, 75 mil toneladas de matéria-prima petroquímica ao país e vinha da cidade de Ruwais, nos Emirados Árabes.

A Frontline, empresa da Noruega que é dona do navio, afirmou que a embarcação pegou fogo no Golfo de Omã, mas que nenhuma poluição marinha vinda do navio foi vista. A tripulação era composta de 11 russos, um georgiano e 11 filipinos.

O ministro das Relações Exteriores do Irã, Javad Zarif, afirmou no Twitter que “‘suspeito’ nem começa a descrever o que provavelmente aconteceu nesta manhã”. O país persa recebe a visita do primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, que tenta mediar as tensões na região.

Já o presidente iraniano, Hassan Rouhani, afirmou em pronunciamento na TV que “a segurança é de grande importância para o Irã na região delicada do Golfo Persa, no Oriente Médio, na Ásia e no mundo inteiro. Nós sempre tentamos garantir a paz e estabilidade na região”, disse o jornal britânico “The Guardian”.

O Omã e os Emirados Árabes ainda não se pronunciaram sobre o ocorrido, segundo a Reuters.

A quinta frota naval americana afirmou que prestou assistência após o incidente. As Operações Marítimas Comerciais do Reino Unido, parte da Marinha Real, afirmaram que estão investigando o incidente.

A ministra do Exterior da França, Agnès von der Muhll, pediu que os envolvidos no incidente ajam de forma contida diante da situação. “Também lembramos de nosso apego à liberdade de navegação, que deve ser absolutamente preservada ”, afirmou.

Temores

A associação de embarcações Intertanko — que representa a maior parte da frota de embarcações independentes do mundo, segundo a Reuters — afirmou que há preocupações crescentes pela segurança de navios e suas tripulações que passam pelo Estreito de Ormuz, perto do golfo de Omã.

O estreito é um importante canal estratégico através do qual a quantidade de petróleo equivalente a 20% do consumo mundial viaja, vindo de produtores do Oriente Médio.

“Precisamos lembrar que cerca de 30% do petróleo bruto marítimo do mundo passa pelo estreito. Se as águas estão se tornando inseguras, o fornecimento para todo o mundo ocidental pode estar em risco “, afirmou Paolo d’Amico, presidente da Intertanko.

As tensões na região já foram aumentadas por ataques no mês passado aos ativos petrolíferos do golfo, em meio a uma disputa entre o Irã e os Estados Unidos sobre o programa nuclear de Teerã.

Fonte: G1

Ponto de Vista

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