Ainda de acordo com o pró-reitor, os candidatos vão responder a questionários e, entre outras características, a comissão deverá avaliar aspectos físicos como cor de cabelo, nariz, boca, cabelo, segundo ele. “Tudo será gravado em vídeo. Isso segue as legislações nacionais”, afirmou.
Usadas pela primeira vez na UERN, as cotas ético-raciais são previstas pela lei Lei nº 10.480/2019, sancionada pela governadora Fátima Bezerra (PT) em 31 de janeiro de 2019. Até então, a instituição contava apenas com as cotas sociais, que representam 50% das vagas oferecidas.
A partir dessa lei, as cotas étnico-raciais passam a corresponder 58% do total das cotas sociais – a porcentagem leva em conta os dados do último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Polêmica
No final de janeiro, uma estudante de Mossoró foi alvo de críticas nas redes sociais por ter se autodeclarado parda, mesmo aparentando ser loira. A jovem chegou a gravar um vídeo voltando a afirmar que era parda e, se aparentava ser branca, seria por causa da maquiagem que usava. Após a repercussão ela chegou a apagar as contas nas redes sociais.
Segundo o pró-reitor Wendson Dantas, ainda não cabe investigação sobre o caso porque a candidata ainda vai passar pelo processo de heteroidentificação.