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Ciclone extratropical deve atingir Sul do Brasil nesta semana; rajadas podem superar os 100 km/h

Ciclone deve trazer chuva e fortes rajadas de vento para o Sul do país. — Foto: CRIS FAGA/DRAGONFLY PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Um novo ciclone extratropical que deve se formar a partir de quarta-feira (23) entre o Uruguai e o Rio Grande do Sul tem potencial para causar fortes ventos na região Sul até o fim da semana.

De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), as rajadas de vento podem superar os 100 km/h.

Ainda segundo o Inmet, as áreas de instabilidade causadas pelo calor e a umidade associada ao ciclone também devem provocar fortes pancadas de chuva na região.

Os ciclones extratropicais são sistemas de baixa pressão atmosférica que surgem normalmente em latitudes médias. Eles são formados pelo contraste de temperaturas de diferentes massas de ar (quente e fria).

Caetano Mancini, mestre em meteorologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), explica que os modelos já indicavam essa formação desde semana passada e mostram grande potencial para possíveis danos.

“O ciclone se forma entre o Rio Grande do Sul e o Uruguai e depois vai para o oceano. A frente fria que se segue a esse fenômeno deve atingir também Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul e São Paulo”, prevê Mancini, que também é meteorologista da Tempo OK.

 

Ele ainda comenta que a previsão é que o ciclone traga mais ventania do que chuva.

Os efeitos do ciclone devem começar a ser sentidos a partir da madrugada de quinta-feira (24) no Sul e a partir da tarde desse mesmo dia no Sudeste, principalmente em São Paulo. (veja abaixo como deve ser o avanço do fenômeno)

⚠️Macini ainda pondera que, apesar da previsão de ventos fortes e chuvas, como consequência do ciclone, a ventania não deve ser igual a observada em 11 de outubro em São Paulo.

“Aquela frente fria foi muito abrangente, com uma linha de instabilidade imensa. Essa deve ser mais parecida com as passagens normais de ciclone – forte, mais isolada”, compara.

Avanço do ciclone

De acordo com o Inmet, na quarta-feira (23) “áreas de instabilidade associadas a um centro de baixa pressão irão dar origem a um novo ciclone extratropical”.

O ciclone começar a avançar para o país pelo oeste e sul do Rio Grande do Sul, provocando volumes significativos de chuva e ventos fortes na região.

Já na quinta-feira (24), o sistema ganha força no Uruguai e norte de Argentina e segue avançando pelo Rio Grande do Sul, causando fortes instabilidades principalmente no oeste e parte do centro e sul do estado.

Na sexta-feira (25), o ciclone deve avançar para alto-mar. A frente fria que segue o ciclone deve passar rapidamente pelos estados do Sul e já atingir o Espírito Santo no fim de semana.

Ainda segundo o Inmet, as regiões mais atingidas devem ser aquelas que fazem fronteira com Uruguai, Norte da Argentina e Paraguai.

Em todo o estado, os ventos devem variar entre 50 km/h e 70 km/h, com rajadas que podem superar os 100 km/h nos locais mais afetados.

Como se formam os ciclones extratropicais?

Para entender a formação dos ciclones é preciso lembrar que a atmosfera da Terra exerce uma pressão sobre a superfície do globo.

➡️A pressão do ar é maior ao nível do mar e diminui à medida que a altitude sobe, pois quanto mais ar, temos mais peso.

⛈️Os ciclones são sistemas de baixa pressão atmosférica, isto é, áreas onde a pressão atmosférica é menor do que as regiões ao redor, o que gera movimentos verticais ascendentes do ar. Esse tipo de sistema está associado à presença de nuvens, chuva, tempo encoberto e tempestades.

Há três tipos diferentes de ciclones:

  • Tropicais: também conhecidos como furacões ou tufões, que se formam em regiões equatoriais, sobre os oceanos, e retiram sua energia do calor extraído dos mares;
  • Extratropicais: surgem preferencialmente em latitudes médias e são formados pelo contraste de temperaturas de diferentes massas de ar (quente e fria);
  • Subtropicais: possuem características de ambos anteriores. Tipicamente, se formam quando um ciclone extratropical se desenvolve sobre o oceano, e encontra temperaturas na superfície do mar mais aquecidas.

Apesar do nome indicar para um fenômeno assustador, os ciclones são mais comuns do que se imagina.

Quase todas as vezes em que uma frente fria passa pelo Brasil muito provavelmente significa que o país está sobre influência de um ciclone extratropical.

Fonte: G1

Ponto de Vista

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