A volta às aulas nas escolas de São Paulo tem contado com um desafio extra em 2025: a proibição do uso de aparelhos eletrônicos, especialmente celulares, durante toda a permanência no ambiente escolar, incluindo intervalos e aulas vagas.
Pela nova lei estadual, os eletrônicos só podem ser utilizados para atividades pedagógicas, quando solicitado pelos professores; por motivos de saúde, mediante comprovação médica; ou para garantir acessibilidade e inclusão de estudantes com deficiência ou dificuldade de aprendizagem.
Na teoria, a medida só vale para os alunos. Contudo, os colégios da capital paulista têm orientado docentes e demais funcionários a também seguirem a regra, para servir de exemplo aos estudantes.
Para ver como a lei tem funcionado na prática, o g1 visitou escolas públicas e privadas de São Paulo e conversou com alunos, professores e gestores sobre o início do ano letivo.
Como bons questionadores, os estudantes enchem os professores de pergunta e tentam argumentar sobre os aspectos que veem como positivos e negativos na lei.
O estado de São Paulo possui, desde 2007, uma lei que proíbe o uso de telefones celular nos estabelecimentos de ensino durante o horário de aulas. A nova legislação visa reforçar a anterior, expandindo a proibição também para os períodos de descanso.
Apresentado pela deputada Marina Helou (REDE), o projeto que resultou na nova lei trazia dados de estudos internacionais que ligavam o uso excessivo do celular a prejuízos na saúde mental e nas habilidades de concentração e dedicação de crianças e adolescentes.
Para alguns gestores educacionais, impor um limite para a utilização dos aparelhos se tornou ainda mais necessário depois da pandemia, quando os celulares se tornaram parte da rotina escolar e da vida de muitos estudantes.
“A pandemia prejudicou nisso também. Aqueles que não tinham o costume de usar, passaram a usar porque tinham as videochamadas, os professores trabalhavam na plataforma [online], os alunos tinham que acessar de alguma forma para fazer atividade e interagir com a turma”, disse Viviane Jordano, diretora da EMEF Padre Serafin Martinez Gutierrez, na Zona Leste da capital.
“Essa conscientização é um processo que deveria ter acontecido há muito tempo, quando surgiu toda essa tecnologia. Como não ocorreu, eu acho que, agora, a gente passou da hora de começar a trabalhar isso, todos nós, nos reinventarmos culturalmente com relação a isso”, analisou Vilson Giron, diretor da EE Padre Sabóia de Medeiros, na Zona Sul.
Segundo os gestores, nos últimos anos, as escolas vinham registrando muitos casos de cyberbullying e de crianças e adolescentes consumindo conteúdos inapropriados para suas idades pelas redes sociais, como pornografia — tudo isso, dentro do ambiente escolar.
Para guiar as instituições nesse processo de proibição do uso dos aparelhos eletrônicos, as secretarias estadual e municipal de educação emitiram instruções para as redes públicas de ensino.
Na rede privada, os próprios colégios ficaram responsáveis por estabelecer suas normas, que também deveriam atender às determinações da lei.
“A gente conversou bastante com os professores para tentar encontrar uma solução que não seja punitiva, no sentido ‘caça às bruxas’, mas também não seja algo tão leve a ponto de a gente perder o controle daquilo que tá se propondo a fazer”, contou Emerson Pereira, diretor de tecnologia educacional do Colégio Bandeirantes, instituição privada localizada na Zona Sul de São Paulo.
Fonte: G1
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