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Cardeal Pell, alto dirigente do Vaticano, é declarado culpado de pedofilia na Austrália

O cardeal George Pell chega sob escolta a uma audiência em corte de Melbourne, em julho de 2017 — Foto: Mal Fairclough/AFP

O cardeal George Pell, ex-número três do Vaticano, foi declarado culpado de crimes sexuais contra menores na Austrália, tornando-se o mais alto dignatário da Igreja católica condenado em um caso de pedofilia, anunciou uma corte australiana.

Pell, de 77 anos, foi declarado culpado em um julgamento em dezembro de ter abusado sexualmente de dois coroinhas na sacristia da Catedral de São Patrício de Melbourne nos anos 1990. Mas o tribunal de Melbourne proibia até a terça-feira (25) que os meios de comunicação informassem sobre esta questão.

A audiência para a sentença começa na próxima quarta-feira, e Pell pode pegar até 50 anos de prisão. Na semana passada, ele entrou com recurso das condenações.

O cardeal foi prefeito da secretaria de Assuntos Econômicos e o eclesiástico de maior graduação já acusado de abuso sexual. Ele foi arcebispo de Melbourne entre 1996 e 2001 e depois se tornou arcebispo de Sidney até 2014, quando foi para o Vaticano, convocado pelo Papa Francisco para administrar as finanças da Igreja Católica.

Longa investigação

A denúncia contra Pell ocorreu ao final de uma longa investigação iniciada pelas autoridades australianas em 2012, com base em relatos de abusos sexuais contra menores.

Uma comissão tomou milhares de depoimentos e escutou denúncias de abusos contra crianças envolvendo igrejas, orfanatos, clubes esportivos, grupos de jovens e escolas.

Pell compareceu em três ocasiões para depor sobre o caso e admitiu em uma comissão de inquérito ter “falhado” em sua gestão envolvendo padres pedófilos no estado australiano de Victoria nos anos 1970.

Remoção

Em dezembro de 2018, o Papa Francisco removeu de seu grupo Pell e mais dois conselheiros próximos cardeais envolvidos em escândalos de abuso sexual.

Francisco Javier Errázuriz, do Chile, também foi alvo de acusações relacionadas a abuso sexual e nega as alegações. Laurent Monsegwo Pasinya, da República Democrática do Congo, foi o terceiro cardeal afastado.

Fonte: G1

Ponto de Vista

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