CANDIDÍASE BUCAL EM PACIENTES ONCOLÓGICOS – Anna Letícia Xavier de Lima

CANDIDÍASE BUCAL EM PACIENTES ONCOLÓGICOS –

A candidíase bucal é uma infecção fúngica comum em pacientes em tratamento oncológico. Isso porque durante o período de tratamento eles passam por um quadro de imunodepressão transitória (diminuição da imunidade), no qual há predisposição à proliferação de fungos oportunistas. A mais comum das infecções é denominada candidíase, candidose ou monilíase, quando têm como agentes etiológicos os fungos do gênero Cândida, sendo mais frequente a espécie Candida albicans.

Na cavidade oral, as formas clínicas de candidíase podem estar associadas à alteração de mucosa, manifestando-se nas seguintes formas: pseudomembranosa aguda, atrófica aguda, crônica hiperplásica, atrófica crônica, glossite rombóide e queilite angular.

A infecção fúngica proporciona na cavidade bucal, orofaringe e hipofaringe sintomas de ardência, o que dificulta a ingestão de alimentos, reduzindo a qualidade de vida do paciente, além de dificultar o tratamento contra o câncer. Dessa forma, tratamentos eficazes são importantes para que sejam sanadas estas intercorrências.

O paciente em tratamento de câncer também pode ser acometido por lesões em mucosa denominadas mucosites. A mucosite é uma toxicidade causada pela radioterapia, quimioterapia e outros agentes oncológicos, como os inibidores de EGFR.

Os tratamentos oncológicos impedem a multiplicação celular, contendo a proliferação das células neoplásicas. No entanto, fazem o mesmo nas células do nosso corpo. Dessa forma, as nossas células saudáveis que se replicam rapidamente, como as células da pele, da mucosa e células sanguíneas, são mais acometidas, gerando os chamados efeitos colaterais.

Quando a mucosa oral é afetada, pode ser gerada uma inflamação, descamação, erosões e úlceras, dor e sangramento local, alteração do paladar e infecção secundária. Essas manifestações caracterizam a mucosite. Quando a mucosa é agredida, ocorre uma predisposição a diversas infecções, entre elas, infecções fúngicas. Sendo assim, é comum o paciente em tratamento apresentar mucosite associada a infecção fúngica na cavidade oral.

O setor odontológico da Casa Durval Paiva acompanha os pacientes oncológicos, antes, durante e após o tratamento, a fim de prevenir ou tratar os pacientes acometidos por infecções, como as infecções fúngicas e assim promover uma melhor qualidade de vida durante o tratamento.

 

 

 

 

 

 

Anna Letícia Xavier de Lima – Dentista da Casa Durval Paiva, CRO/RN 5213

As opiniões contidas nos artigos/crônicas são de responsabilidade dos colaboradores
Ponto de Vista

Recent Posts

COTAÇÕES DO DIA

DÓLAR COMERCIAL: R$ 5,2970 DÓLAR TURISMO: R$ 5,5030 EURO: R$ 6,1830 LIBRA: R$ 7,0830 PESO…

22 horas ago

Rodoanel é liberado após acidente com 5 carretas bloquear faixas na região de Embu das Artes

O Rodoanel foi liberado após um acidente envolvendo cinco carretas na manhã desta quinta-feira (4) provocar o bloqueio…

22 horas ago

CNU 2025: prova discursiva terá redação e questões; veja como funciona cada modelo

A prova discursiva da segunda edição do Concurso Nacional Unificado, aplicada neste domingo (7), é uma…

22 horas ago

PIB brasileiro fica estável e cresce 0,1% no 3º trimestre, diz IBGE

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil variou 0,1% no terceiro trimestre de 2025, informou o…

22 horas ago

‘Choques e queima de equipamentos’: Maternidade é parcialmente esvaziada em Natal por causa de problemas elétricos

Pacientes da Maternidade Escola Januário Cicco, ligada à Universidade Federal do Rio Grande do Norte,…

22 horas ago

Lula abre reunião do Conselhão, que deve fazer balanço do grupo na COP 30 e discutir rumos da economia

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) abriu, nesta quinta-feira (4), a 6ª plenária…

22 horas ago

This website uses cookies.