Câmara debate plano de manutenção da infraestrutura públicas de Natal
A Câmara Municipal de Natal realizou, na tarde dessa quarta-feira (16), uma audiência pública para discutir a criação de um plano de manutenção preventiva permanente das obras públicas de infraestrutura da capital potiguar.
O vereador Felipe Alves (MDB), propositor da audiência, explicou que o propósito da audiência é diagnosticar o que precisa ser feito para que o plano seja elaborado e executado. “Nós temos hoje uma necessidade de dar uma prioridade à manutenção. Nós temos exemplos como a Ponta de Igapó que carece de obras de manutenção. Precisamos manter essas estruturas e conservá-las sem que elas estejam em situações críticas para reparos emergenciais. Porque a manutenção tem um custo bem inferior aos custos de obras emergenciais”, contou.
A audiência foi marcada há cerca de quatro meses, mas o tema se tornou atual essa semana, por conta de um relatório do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea) que detectou problemas estruturais na Ponte do Potengi Presidente Costa e Silva, mais conhecida como Ponte de Igapó, e que diagnosticou a falta de um plano de manutenção da infraestrutura pública
“A gente vem reforçar, porque hoje vemos estruturas urbanas degradadas e precisando de recuperação. Diante disso a gente solicita do Poder Público esse plano para que, não só seja feita a reparação, mas também garantir os cuidados necessários às estruturas que estão boas. Já solicitamos esse plano, mas até agora não tivemos resposta”, explicou Ana Adalgisa, presidente do Crea.
Secretário de Obras Públicas (Semov), Tomáz Neto [Foto: Elpídio Júmior]
O secretário de Obras Públicas (Semov), Tomáz Neto, disse que a Prefeitura possui um diagnóstico para solucionar todos os problemas da infraestrutura da cidade, mas disse que faltam recursos. De acordo com ele, seriam necessários investimentos na ordem de R$ 1,5 bilhão em 10 anos para resolvê-los. E sobre as lagoas de captação, e ele culpou a falta de educação da população pelos problemas de alagamento na cidade.
“Nós temos uma programação de manutenção para o sistema de drenagem, mas antes de pensarmos em fazer a manutenção, temos que partir para educar a população. Nosso maior problema na cidade é o lixo jogado na rua nos dias que não são os de coleta. Esse lixo obstrui todas as galerias, quando chove. Além disso temos o problema de esgotamento das residências. Quando a fossa enche, a pessoa não disponibiliza poucos recursos para a limpeza, faz uma ligação clandestina, o que termina poluindo as lagoas de captação”, explicou;
Entre os encaminhamentos, o vereador Felipe Alves espera que todos os envolvidos possam encontrar uma forma para elaborar o plano e executá-lo. O vereador Sueldo Medeiros (PHS) também participou da audiência.