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Caixas misteriosas no litoral nordestino são de navio alemão naufragado na 2ª Guerra Mundial em 1944, dizem pesquisadores

Mais “caixas misteriosas” são encontradas no Litoral do Ceará, em São Gonçalo do Amarante. — Foto: José Cláudio de Araújo/ Arquivo Pessoal

Pesquisadores do Instituto de Ciências do Mar (Labomar), da Universidade Federal do Ceará (UFC), identificaram que as caixas misteriosas que apareceram em praias do Ceará e de outros estados do Nordeste são provenientes de um navio alemão que naufragou no litoral nordestino em 1944. Os materiais são grandes fardos de borracha, mas ainda não se sabe para as caixas eram utilizadas. A descoberta ocorreu durante pesquisas para tentar identificar a origem das manchas de óleo que surgiram no litoral do Nordeste.

O mistério das caixas começou em outubro do ano passado, após o primeiro aparecimento em Alagoas. No Ceará, os fardos apareceram nas praias de Aracati, Camocim, Caucaia, São Gonçalo do Amarante, Trairi e Pecém, além do Serviluz, em Fortaleza. De acordo com o professor Luís Ernesto Bezerra, cerca de 200 caixas foram encontradas em todo litoral.

(Correção: O G1 errou ao informar que o ano do naufrágio do navio foi 1941. Os pesquisadores apontam que a data foi 1944. O erro foi corrigido às 12h27)

De acordo com Carlos Teixeira, oceanógrafo físico do Labomar, o navio “SS Rio Grande” utilizava nome brasileiro para se disfarçar dos inimigos de guerra e era carregado com esses fardos de borracha. Ele foi afundado por forças aéreas dos Estados Unidos.

Segundo o professor, a descoberta ocorreu em meio a pesquisas sobre a origem das manchas de óleo que vêm aparecendo no litoral de vários estados do Nordeste.

A relação entre as manchas de óleo e as caixas, porém, está descartada “por enquanto” pelos pesquisadores pelo fato de as manchas se tratarem de petróleo cru relativamente recente. “Para ter relação o óleo teria que ser muito velho. O naufrágio foi em 1944”.

“Navios naufragados começam a sofrer corrosão, então décadas depois começam a vazar as suas cargas. E por ter acontecido no Oceano Atlântico perto do Nordeste elas chegaram até aqui”, disse o professor Luís Ernesto Bezerra.

Pesquisa histórica

Esta curiosidade levou o oceanógrafo a começar uma pesquisa histórica juntamente com os professores de oceanografia do Labomar, Luís Ernesto Arruda e Rivelino Cavalcante, do Curso de Ciências Ambientais da UFC.

“Eu encontrei uma caixa em Itarema [Interior do Ceará], que tinha uma inscrição pertencente à Indonésia Francesa, que ficou independente em 1953, ou seja, é muito antiga. Então começamos a pesquisas e encontramos confirmações desse naufrágio”, conta Luís Ernesto.

Fonte: G1
Ponto de Vista

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