ARTIGO: Amaro Sales de Araújo

O VENTO E OS NOVOS TEMPOS –

Na segunda-feira, 18 de abril de 2016, o sistema elétrico do Nordeste, em um determinado momento do dia, alcançou a importante marca de 46% de energia proveniente da matriz eólica. A produção de energia eólica, mantendo aceso o Nordeste, é majoritariamente potiguar e foi amplamente divulgada durante a realização dos eventos Fórum Nacional Eólico e o SolarInvest.

As energias renováveis, em especial, a energia eólica é uma realidade positiva na agenda econômica, social e política do Rio Grande do Norte. Hoje já representamos, aproximadamente, 32% da energia eólica produzida no Brasil. Algo, portanto, significativo e animador, tendo em vista que, além dos 97 parques em operação, outros 20 estão em construção e 56 estão contratados. Não existe dúvida: a energia eólica é indiscutivelmente um dos temas estratégicos do presente e, ainda mais, para a construção do futuro!

No projeto MAIS RN, um Plano Estratégico de Desenvolvimento Econômico do Rio Grande do Norte até 2035, uma iniciativa da FIERN, com o apoio de empresas apoiadoras e respaldo institucional do Governo do Estado, falamos sobre as energias renováveis como um setor produtivo prioritário para o Estado. Ficou claramente evidenciado que o Rio Grande do Norte tem vasto potencial eólico. Existem ainda grandes terrenos planos, com ventos fortes, constantes e que sopram em altitudes ideais. A presença de uma costa marítima rasa, com ventos relativamente constantes e fortes também credenciam o Estado para exploração de potencial de geração eólica offshore. Além do potencial eólico, o Estado tem potencial para desenvolver a geração a partir de outras fontes. No interior potiguar, encontram-se as regiões com os maiores índices solarimétricos do Brasil e que permitem a instalação e operação de usinas geradoras a partir de energia solar.

Dentre outras medidas sugeridas pelo Mais RN, destaco que até 2035, com cronograma adequado, precisamos trabalhar para “ampliar a capacidade instalada da geração via energia eólica até 13,9 (GW)”. Para tanto, precisamos firmar uma aliança de trabalho em torno do objetivo e atuar, dentre outras iniciativas, para que mais investidores cheguem ao Rio Grande do Norte e que, além da construção dos parques, patrocinem investimentos também na cadeia produtiva da energia eólica.

O caminho está traçado. As metas, inclusive, sugeridas. É imprescindível que investidores, empresas, Governos, Sistema “S” conversem com maior frequência, tenham necessária conectividade para que o relacionamento seja mais estreito e, juntos, produzam resultados eficazes para a ampliação e consolidação das energias renováveis no Rio Grande do Norte e no Brasil, especialmente, extraindo dos ventos a possibilidade de novos tempos.

Amaro Sales de Araújo – Presidente da FIERN e do COMPEM/CNI.

As opiniões contidas nos artigos são de responsabilidade dos colaboradores
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