O principal índice da bolsa de valores brasileira, a B3, despenca novamente nesta segunda-feira (16), tendo os negócios interrompidos logo na abertura, em meio a dúvidas nos mercados globais sobre a eficácia das medidas anunciadas pelo Federal Reserve (FED) e outros bancos centrais e temores sobre a dimensão dos impactos da pandemia de coronavírus na economia.
Às 11h29, o Ibovespa caía 11,56%, a 73.122 pontos. Mais cedo, chegou a tombar mais de 14%.
Às 10h24, quando o índice registrou queda de 12,53%, foi acionado o “circuit breaker” – mecanismo da B3 que interrompe as negociações por 30 minutos quando a queda chega a 10%. Se a queda chegar a 15% ao longo do dia, as negociações serão interrompidas novamente, dessa vez por 1 hora.
Foi a 5ª vez em 6 pregões que as negociações foram interrompidas na B3. Antes mesmo da abertura do pregão, o contrato futuro do Ibovespa já caía 10%, já sinalizando que ocorreria um novo “circuit breaker”.
Entre as ações do Ibovespa, as companhias aéreas estavam entre as mais afetadas, devido ao efeito da pandemia no setor de viagens, além da alta do dólar, com Azul em baixa de 22,95% e Gol perdendo 21,93%.
JBS perdia 22,23%, CVC Brasil recuava 19,54% e Petrobras caía 16,82%.
Na sexta-feira, o Ibovespa fechou em alta de 13,91%, a 82.677 pontos. Na semana, porém, acumulou queda de 15,68% – pior desempenho semanal desde outubro de 2008. No ano, a bolsa acumula perda de 28,51%.
Na véspera, o Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) anunciou, em pleno domingo, a redução da taxa de juros dos Estados Unidos para a faixa de 0% a 0,25%, o que agravou os temores sobre o impacto econômico da pandemia. Foi o segundo corte de juros em menos de duas semanas. A instituição também anunciou um programa de compra de US$ 500 bilhões em títulos do Tesouro e de US$ 200 bilhões em valores hipotecários.
Em nota a clientes, o Credit Suisse destacou que esses estímulos emergenciais são medidas fortes, que fazem sentido dada a rápida deterioração econômica como consequência do surto do Covid-19, mas que o mercado parece estar mais cético e negativo.
Na China, dados oficiais mostraram um tombo maior do que o previsto na economia. A produção industrial na China caiu 13,5% em ritmo anual nos 2 primeiros meses do ano, na primeira contração em quase 30 anos. Já as vendas no varejo recuaram 20,5% na comparação com os dois primeiros meses de 2019.
Na Europa, os principais índices de ações despencaram a mínimas desde 2012, com França e Espanha liderando as perdas após se juntarem à Itália com a imposição de quarentena nacional.
No Brasil, as atenções da semana se voltam para a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que anuncia na quarta-feira (18) a nova taxa básica de juros. Com a decisão do Fed, aumentam as apostas do mercado de um novo corte na Selic, atualmente em 4,25%.
O mercado reduziu para 1,68% a estimativa de crescimento do PIB em 2020, segundo o boletim Focus do BC, divulgado nesta segunda. Os analistas também passaram a prever um corte da taxa básica de juros nesta semana, dos atuais 4,25% para 4% ao ano.
Segundo informou o Blog do João Borges, o Ministério da Economia já discute as várias alternativas para aumentar a disponibilidade de recursos para enfrentar a emergência da saúde das pessoas e da economia por causa do coronavírus. Uma delas é elevar o déficit fiscal previsto para este ano, que é de R$ 124 bilhões.
DÓLAR COMERCIAL: R$ 5,1130 DÓLAR TURISMO: R$ 5,2810 EURO: R$ 5,5570 LIBRA: R$ 6,4920 PESO…
As inundações que atingiram o Rio Grande do Sul nas últimas três semanas tiraram, temporariamente, o…
A Caixa Econômica Federal começa a pagar a parcela de maio do novo Bolsa Família.…
O Ministério das Relações Exteriores (MRE) do Brasil comemorou, em nota publicada nessa quinta-feira (16),…
No Brasil, das 163 milhões de pessoas com idade igual ou superior a 15 anos,…
Duas pessoas foram flagradas fazendo manobras arriscadas com um quadriciclo na BR-101, na altura de…
This website uses cookies.