Ana Luíza Rabelo

            O amor é uma coisinha estranha e, ao mesmo tempo, complicada e engraçada, mas ao final do dia o amor é simples, tão simples que não o entendemos.

            Amamos os amigos, os parentes, os irmãos, os pais e os cônjuges. E parece que são vários amores, mas, se você pensar bem, com calma e cautela, é o mesmo amor!

            Mesmo que pensemos que são diferentes, que daríamos o braço por um, a perna por outro, a vida ou o dedo mindinho, na verdade nós já demos o mais importante a todos: o nosso coração, a nossa mão, a nossa confiança, a nossa lealdade.

            Não importa se nos preocupamos com estranhos, meros conhecidos ou amigos de longa data, amar é se importar, é cuidar, é querer estar perto, mesmo que esse perto seja longe, é querer ajudar, mesmo quando não sabemos como, é querer consolar, mesmo antes de ser necessário.

            Aquela antiga série de frases com um casalzinho que se chama “Amar é…” costuma resumir com carinho e humor a verdade sobre o que realmente é o amor. Eles se amavam. Podiam ser amigos, companheiros ou parentes, mas sempre ficou claro o quanto se amavam.

            Ou aquele trecho da bíblia, tão difundido, que se encontra em Coríntios 13:4-7: “O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. ”

            E mesmo nas palavras do grande Luiz de Camões:  “Amor é um fogo que arde sem se ver;/ É ferida que dói, e não se sente; / É um contentamento descontente; / É dor que desatina sem doer. / É um não querer mais que bem querer; / É um andar solitário entre a gente; / É nunca contentar-se de contente; / É um cuidar que ganha em se perder; / É querer estar preso por vontade; / É servir a quem vence, o vencedor; / É ter com quem nos mata, lealdade. ”

            Cada palavra, cada frase usada para descrever o amor é pouco, é pequena para o que ele realmente é! O amor é a mola da vida, o motor de cada ser humano e, sem ele, eu poderia ser jabuti ou cavalo, uma pedra ou planta, mas sei que gente eu não seria.

            Até o nosso querido Caetano Veloso fala sobre amar, sobre gente amar: “Gente deve ser o bom / Tem de se cuidar / De se respeitar o bom / Está certo dizer que estrelas / estão no olhar / De alguém que o amor te elegeu pra amar. ”

            Quando a gente ama, não existem barreiras, não existe preguiça, não há posse nem avarias, há querer bem, querer o melhor.

            Porque onde há amor, há cuidado, carinho, respeito, liberdade e caridade! Essas são as casas do amor! Então, meus irmãos, vamos amar!

Ana Luíza RabeloEscritora, Advogada (rabelospencer@ymail.com)

Ponto de Vista

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