A PERENIDADE DO AMOR – Josoniel Fonsêca

A PERENIDADE DO AMOR –

Quem souber amar o suficiente será o mais feliz e poderoso ser do mundo

Na amplitude da definição do que é o amor, só um autor compilou quatro mil descrições e definições do que era, ou deveria ser o amor. Difícil definir, mas a vivência desse sentimento é o caminho para a felicidade. Conquistá-la, no entanto, é extremamente difícil e dolorosa. Só quando nos tornamos capazes de compreender o amor, saberemos que o amor não é programado, não é intencional nem incondicional. Amor implica uma grande capacidade de perdoar e compreender a razão de ser e de agir das outras pessoas e uma total incapacidade de guardar ódio ou rancor de quem quer que seja. Esse é o amor desafio e o amor perene.

SENTIDOS DA PALAVRA “AMOR”, oriundos da língua grega:

EPITHUMIA – Amor físico – amor lascivo – Não é o aspecto mais importante, mas a área sexual no casamento é um bom indicador da saúde e da vida a dois. O desejo físico jamais deve ser ignorado no casamento. O relacionamento sexual é considerado biblicamente um dever. I Cor. 7:3 “O marido conceda à esposa o que lhe é devido, e também semelhantemente a esposa ao seu marido”.

EROS – Amor emocional – afeição romântica – Nem sempre Eros é sensual ou amor carnal. É amor romântico, apaixonado, sentimental. Os relacionamentos começam através dele. O problema é que EROS precisa de ajuda, ser alimentado, pois é mutável e não dura a vida inteira sozinho.

STORGE – amor social – é afeto compartilhado, por pais e filhos, irmão e irmã. É a idéia de pertencer um ao outro, a idéia de defesa e refúgio emocional.

PHILEO – Amor intelectual – amizade íntima – querer bem, mostrar afeição pela pessoa amada, mas espera ser correspondido. Envolve camaradagem, partilha, comunicação e amizade.

AGAPE – amor sobrenatural – serviço sacrificial – Ágape é totalmente desprendido, pois tem a capacidade de dar e continuar dando, sem esperar nada em troca. Ele valoriza e serve a outra pessoa. É AMOR ATIVO, NÃO É EMOÇÃO, MAS AÇÃO. NÃO É O QUE EU SINTO, MAS O QUE EU FAÇO. AMAR É DAR, SUPRIR NECESSIDADES, SERVIR. “Maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela”, ensina o Apóstolo Paulo.

Esse amor é volitivo, ou seja, tenho que decidir amar. É também incondicional, devo amor, mesmo que não seja correspondido.

Em conclusão, o amor paixão romântica é passageiro, porque a paixão “cansa e pesa”, como diz alguém. O importante é que, no peneirar dos sentimentos, não deixar cair da bateia os diamantes, de forma que o amor sobreviva ao crepúsculo da paixão. O amor sobrevivente será, contudo, necessariamente, um amor diferente, tipo amor companheiro, bem querer, admiração, respeito recíproco, ternura e aconchego.

 

 

Josoniel Fonsêca – Advogado e Professor Universitário, josonielfonseca@uol.com.br

As opiniões contidas nos artigos são de responsabilidade dos colaboradores
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