UNIDOS PELO AMOR –

 

Para me inspirar recorri a dois pontos: o amor que nos uniu, e a uma reflexão sobre seus efeitos, até hoje.

A quem estou me referindo?

Ao pai e, por naturalidade, ao relacionamento com seus filhos.

Muitas mudanças, nos últimos tempos, têm acontecido nas relações familiares e de modo bem acentuado, entre pais e filhos.

Saímos da relação tradicionalista da hierarquia, da obediência por “amor ou por ardor”, onde o diálogo tinha a vestimenta do “monólogo” para, boa parte das famílias, uma relação igualitária focada no incentivo ao entendimento mais aberto para opiniões divergentes, quando tais.

Certamente, hoje, já não repousa exclusivamente no pai o “conhecimento” das coisas da vida. A tecnologia socializou a informação de tal maneira, que os filhos muitas vezes, e bote muitas nisso, antecipam os assuntos numa conversa, que deixa o seu pai com interrogações: de onde esse menino tirou isso?!

Sem perder o respeito, o pai passou a ser “boy”, “cara”, “coroa” num quase involuntário desejo de aproximação para a idade juvenil do filho. Soa estranho, principalmente para minha geração que a incondicionalidade do título “pai” era inquestionável: papai era papai mesmo.

Mas, à medida que a idade do filho vai avançando, o trejeito da palavra adjetivada vai também mudando e, invariavelmente, “pai”, “papai”, “painho”, vão retornando.

Outra faceta dessa nova relação entre pai e filho é que o conteúdo amoroso deixou a armadura do “espaço” da obediência cega, para o “espaço” do compartilhamento da obediência amorosa, em reconhecer a vivência e os princípios da família, pelo pai.

O diálogo entre o pai e o filho sempre leva a um patamar avançado na relação familiar. É como uma bênção extra. A confiança se estabelece. O efeito é impulsionante na superação de obstáculos, que isoladamente, o caminhar do filho e o do pai palmilham em suas missões de vida.

A boa convivência deve ser um investimento diário. Somos “identidades” diferentes, mas o cuidado na relação parental nutre o coração e a alma.

Ah! Mas nem sempre é assim!

Sei disso.

Quando não vamos lubrificando as dobradiças dos relacionamentos ao longo do tempo, notadamente entre pai e filho, o ranger parece incomodar a abertura do entendimento e o desgaste vai se acentuando.

Chega a um ponto que a ferrugem do orgulho torna rígido o rancor, e ressurge o maior mal que uma relação pode experimentar: a do desprezo.

Porém, uma das coisas mais gratificante e satisfatória que um pai pode fazer é ouvir o que Deus tem a dizer sobre como ser bem sucedido em criar o filho para que seja uma pessoa respeitosa com todos, e de modo todo especial com o seu pai.

A primeira coisa que devemos fazer é ensinar a eles a verdade sobre o amor ao próximo. Amando ao próximo se ama a Deus. E amando a Deus seremos exemplo um para o outro, unidos pelo amor.

Em Deuteronômio (6:7) está dito: “E as ensinarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te”.

Ensina, pois, desde cedo, a teu filho o quanto ele deve amar a seu pai, mas sede exemplo para que ele possa se espelhar.

Reconhecer nossos papéis – de pai e de filho, dados por Deus, é um passo grandioso a caminho da boa relação familiar.

Ame seu Pai.

Obrigado, ao meu: Ranilson Costa.

 

Carlos Alberto Josuá Costa – Engenheiro Civil e Consultor ([email protected])

As opiniões contidas nos artigos são de responsabilidade dos colaboradores

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