COLUNA DE CINEMA

heleno

Já que estamos eufóricos em clima de copa, optei por escolher um filme que explore o futebol como elemento de composição: “Heleno – O Príncipe Maldito” tem carga dramática suficiente para incomodar qualquer espectador.

 Dirigido por José Henrique Fonseca (O Homem do Ano), o filme é uma cinebiografia que narra a lúgubre história do Jogador Heleno de Freitas, um dos grandes ídolos do botafogo na década de 40.

 Interpretado magnificamente por Rodrigo Santoro, Heleno é um personagem marcante, e carrega consigo o arquétipo comportamental dos outsiders.

 Oriundo da classe média alta, o jogador era conhecido por frequentar a alta roda carioca. Educado, elegante e bonito, mantinha relacionamentos com várias mulheres em paralelo, além de beber e consumir drogas constantemente. A boemia fazia parte de seus conceitos ideológicos. Heleno foi diagnosticado com uma doença degenerativa, que acarretou a sua morte.

 Através da bela fotografia em preto e branco de Walter Carvalho, o filme apresenta uma estrutura não linear, que mostra de forma intercalada os momentos de ascensão e decadência do craque. A transformação física e psicológica sofrida por Heleno é mostrada de forma visceral pela total entrega de Rodrigo Santoro.

  Heleno é mais um filme que se destaca na cinematografia contemporânea brasileira. Roteiro e direção em perfeita simetria. O futebol está presente, mas apenas como ilustração.

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Lucas Galvão – Bacharel em Cinema e Critico  

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