UM CABRA CHAMADO CANINDÉ –

Reza a lenda que há muitos e muitos anos atrás, nos caminhos da comunicação potiguar, cruzei destino com uma alma que atende na matéria pela alcunha de Canindé.

Bastou duzentas gramas de prosa e a bissaca estava cheia de simpatia mútua, admiração recíproca e amizade eterna.
E assim fomos indo, estreitando laços, ele clicando, eu reportando, até que ele se meteu a fazer o bem, coisa que eu fazia com gosto e, eu, para me vingar, atrevi também clicar e meter bedelho em seu curral.

Hoje estamos juntos e misturados, unidos viajamos, trocamos ideias, informações, ele me alumia nesse espaço que reina, eu ajudo divulgando seus feitos.

E nesse entrelaçar de vivências positivas, num tour com Jailson pelo litoral norte, ouço verbo do memorial de Canindé, ficando sabedor que menino pobre do interior na capital, ao render o pai na vigilância de um posto de combustíveis, viu gente levando retratos para riba, se interessando pelo ofício, e estando já nele, inconformado avançou para ter máquina, apontar mira, apertar botão, e eis, tanto tempo depois, ele assentado numa cadeira no interior da Capitania das Artes, autografando belíssimo livro para autoridades máximas e amigos muitos, do mesmo jeito que vigilava o posto e admirava os entregadores de fotos.

O tempo largo passou, Canindé venceu, convenceu, mas de sua humilde origem não se desvaneceu.

Wellington Lima ainda o chama de cabeça dura, Adrovando de cabrito difícil, Paulo Vitorino arregala os olhos,

Debinha releva, Leandro Mendes aposta, Bolonha apoia e o mago das fotografias se revela, sempre focado, invocado, dando seu recado.

Se pelo conjunto da obra já era fã, hoje virei chacrete.

Flávio Rezende – Jornalista 
As opiniões emitidas nos artigos/crônicas são de responsabilidade dos colaboradores

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *