TREINADOR DE FUTEBOL GANHA JOGO? –
Em artigo anterior, comentei o pífio comportamento recente da nossa seleção de futebol. Relatei sobre a desastrosa e irracional volta do treinador derrotado Dunga e sua comissão técnica. Mudança que, na verdade, não foi a esperada. Deixa para lá!
Reiniciado o seu trabalho, o elenco foi convocado e a esperança de uma nova e eficiente seleção ficou acessa. Os convocados formavam um grupo de grandes jogadores, todos atuando nos melhores clubes da Europa. Não tínhamos nada a reclamar quanto às peças individuais. Era só arrumá-las.
Alguns amistosos foram realizados como preparativos para a Copa América Centenária/2016. O time formado não fazia boas apresentações em amistosos. Em momento algum deu liga. Jogadores dispersos em campo, sem vibrações, técnica e indiscutivelmente desalinhados.
O nosso ídolo maior, Neymar – um dos maiores jogadores do mundo- , continuava como na Copa do Mundo/2014, sendo o nosso ponto único, isolado e de maior referência. Apesar disso,uma vez bem marcado não rendia nada, pelo contrário, reclamava e caia muito em campo, a ponto de ser visado e punido pela arbitragem com cartões amarelos e expulsão de campo. Uma seleção que continuava a depender de um só jogador não poderia jamais avançar e galgar resultados positivos.
Assim sendo,entramos na competição da Copa América Centenária/2016, quando sem nenhuma surpresa fomos vergonhosamente desclassificados pela fraca equipe do Peru. Fato gerador e em bom tempo para a demissão coletiva da “Dungada”.
A nova comissão é escolhida. Esta feita com mais maturidade, razão e, acima de tudo, mais inteligência. O novo convidado para comandá-la foi o experiente e estudioso de futebol, o treinador Tite, que se encontrava na frente da vitoriosa equipe do Corinthians/SP.
Assumindo o comando da seleção, o treinador Tite fez poucas mudanças físicas no elenco. Aproximou e uniu o grupo, fez valer a sua condição de líder e amigo dos jogadores usando muito bem a psicologia do futebol. Partiu para a prática e foi para o campo de ações.
Em pouco e surpreendente tempo, a equipe absorveu o seu recado e começou a se soltar em campo,mostrar um futebol com graça e beleza, sem deixar de lado a seriedade e o compromisso de uma forte e poderosa equipe de futebol.
O craque Neymar não mais passou a ser visto como o único e “salvador” da pátria. Integrou-se a equipe como um destacado coadjuvante, passando a render muito mais no coletivo; deixou de reclamar e a cair muito a procura de faltas.
Assim sendo, subimos de maneira rápida e merecedora das últimas posições, para a liderança da chave classificatória da Copa do Mundo de 2018, na Rússia. Estamos na verdade vivendo um momento de “lua de mel” com nossa garbosa e vibrante seleção e, assim, esperamos continuar a sonhar com a volta definitiva dos velhos e bons tempos de conquistas em Copas do Mundo.
Eis a receita : treinador com inteligência, carisma, experiência, liderança, um bom elenco. Ia esquecendo: uma pitada de sorte, ganha jogo sim!
Berilo de Castro – Médico e escritor
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Realmente houve uma metamorfose na nossa Seleção em todos os sentidos . Vamos continuar trabalhando , sem endeusa determinado jogador. Este é o caminho mas profícuo. Parabéns pelo comentário