Oito pessoas estavam na casa quando o imóvel foi invadido. Duas escaparam da chacina: um adolescente, que foi baleado e se fingiu de morto, e o jovem que seria o verdadeiro alvo dos criminosos (Foto: Ivanúcia Lopes)

O verdadeiro alvo da chacina ocorrida na noite da terça-feira (16) na zona rural de Serra do Mel, município da região Oeste potiguar, se apresentou à Polícia Civil nessa quinta-feira (18). De acordo com o delegado Caetano Baumann, responsável pelo caso, além de o homem confirmar que era ele quem os criminosos queriam matar, o sobrevivente também admitiu que vinha recebendo ameaças pelo fato de ser o responsável por vários assaltos na região. Contudo, ele disse que não sabe quem são os assassinos. Após prestar depoimento, o homem foi liberado.

O delegado acrescentou que vai abrir um inquérito para apurar os roubos que o homem admitiu ter cometido, que também vai investigar as ameaças que ele diz ter recebido, além de seguir com os trabalhos em busca dos assassinos. Contudo, ainda segundo Baumann, o homem não será incluído em nenhum programa de proteção à testemunha. “Não temos programas desta natureza aqui”, afirmou.

“O alvo da chacina se apresentou espontaneamente, explicou o que aconteceu no dia do crime e disse que já sofria ameaças por ter cometido assaltos na região”, relatou o delegado Caetano Baumann.

Ainda de acordo com o depoimento, o homem disse que estava na casa onde ocorreu a matança conversando com as vítimas quando resolveu sair para comprar cigarros. Foi quando viu os criminosos pulando o muro.

O homem disse que os bandidos gritaram dizendo que eram da polícia, e mandaram todos ficarem parados. Em seguida, começaram a atirar. “Ele escapou porque saiu correndo”, disse o delegado. Além do alvo, um adolescente de 15 anos também escapou da morte. O garoto chegou a ser baleado, mas se fingiu de morto. Depois que os bandidos foram embora, ele foi socorrido ao hospital. O adolescente se recupera bem.

O delegado afirmou que durante o depoimento, o homem demonstrava estar muito assustado e em estado de choque com a situação. “Ele foi liberado para ir pra casa, mas provavelmente não deve ficar. Em Serra do Mel as pessoas resolvem as coisas com as próprias mãos e nós não temos programa de proteção à testemunha”, explicou.

Embora ainda não tenha pistas dos criminosos, Baumann afirmou que irá criar uma força-tarefa em conjunto com a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Mossoró para apurar o crime. “Foi um caso grave. Vou me reunir com o titular da DHPP de Mossoró, Rafael Arraes, para buscarmos a conclusão das investigações”, afirmou o delegado.

*Com informações do G1RN

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