CID MONTENEGRO

Cid Montenegro

O Brasil é o país do futebol, o esporte mais popular do planeta.

Além de abecedista sou Flamengo.  E os meus colegas de conselho no Flamengo, Milton Gonçalves, Ziraldo, Jorginho Gerdau e Irineuzinho Marinho, brincam ao dizer que a esposa pode ser uma dia ex esposa; mas nunca irá existir ex Flamengo. (Rssss).

Em Bueno Aires, na Recoleta, na casa de Daniel Passarella, estava eu ao lado dos campeões mundiais 1978: Galvan, Ardiles (que tem um irmão senador pelo partido peronista) e meu querido Fillol a quem devo a amizade de todos. E ouvi deles: “Nos encanta escuchar elogios de los brasilenos, porque hablan sin pasión y no tiene neguna razón para de la torcedura seleción arrentina”. Traduzindo: “Nos encanta ouvir elogios de brasileiros, porque falam sem paixão e não tem nenhuma razão para torcer pela seleção argentina.”

O que eu vou escrever é sem paixão e não tenho nenhum motivo para torcer pelo América. Sou abecedista fanático. Meu adorado pai Antônio Montenegro, na minha fralda, já colocou um broche do ABC logo que nasci. Fui mascote, hoje sou conselheiro, mas sempre serei um eterno frasquerino.

A rivalidade sadia tem que existir. Um torcer contra o outro é uma obrigação para manter a chama acesa, mas com todo respeito. Muitas vezes dois países estão em guerra e dentro do campo os jogadores se confraternizam, os derrotados parabenizando os vitoriosos.

Na vida tudo tem sua renovação, seu momento, a força da juventude sob a orientação da experiência dos cardeais.

Carlos Alberto Borges dos Santos, que chamamos de Beto, eu conheço desde menino. Já fomos juntos ao Maracanã ver o Flamengo campeão. Ele nasceu no América, respira América, ama o América.Um empresário bem sucedido, de visão, com toda a vontade de acertar. E são pessoas assim que a vida pública no Brasil precisa, seja na política, no esporte, etc.

Um clube hoje é uma empresa com receita/despesa e saber bem aplicar os recursos é fundamental, assim como respeitar, obedecer os limites do seu orçamento.

Falei isso sobre Beto na rádio Globo Natal no sábado, entrevistado por Santos Neto e meu celular, zap e facebook explodiram de parabéns. Eu agradeço penhoradamente a todos por isso.

No Rio tenho uma querida amiga, Celina Vargas do Amaral Peixoto. O seu saudoso avô o estadista, presidente Getúlio Vargas, já dizia no Palácio do Catete que existiam as “aves de rapina” que conspiravam contra a nação. Então, as aves de rapina que nas redes sociais já estão me chamando de pseudo abecedista,  por ter elogiado de público o novo presidente do América.

Então eu digo: “Tão simples, muito simples. É só não ler o que escrevo e desligar o rádio ou tv quando eu for falar. Ok? Muito obrigado”.

Eu tenho contato com diversos presidentes e ex presidentes dos maiores clubes do Brasil e até lá fora e sempre digo que o futebol brasileiro tem que se adequar a realidade do país. Hoje no futebol se fala em 30, 50 mil de salários como se fossem 3 ou 4 mil.

Eu disse na época, almoçando em SP com meu amigo Luciano Serra filho do palmerense fanático, ex governador e senador José Serra: “O Palmeiras pagar 750 mil reais por mês ao treinador Luis Felipe Scolari é um despautério. Nem a Coca Cola, paga esses salários a seus executivos. Ou muda ou quebra todo mundo”.

Ao amigo Carlos América Jussier Futebol dos Santos Clube, talvez depois do nascimento de Beto, a maior emoção da sua vida é ver seu filho, seu sucessor, sua semente vermelha brotando, sentado na cadeira que um dia lhe pertenceu. Uma cadeira que sempre estará na sua alma, na sua mente e no seu coração.

Certa vez eu disse ao senador Garibaldi Filho em sua casa: “Antes, Waltinho passava e diziam: Lá vai o filho de Garibaldi. Agora, quando você passa, todos dizem: Lá vai o pai do deputado Walter Alves”. Ele sorriu muito e concordou.

Então, encerro afirmando: “Antes quando Beto passava, diziam: Lá vai o filho de Jussier. Agora, quando Jussier passa, dizem : Lá vai o pai do presidente Beto Santos”.

Cid MontenegroEmpresário, Conselheiro do ABC F C e do Flamengo.

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