Na da década de 90, no século passado, através do meu amigo e colega de Conselho no Flamengo, Gustavo Capanema Filho, no apartamento que era de seu pai na Av  Ruy  Barbosa.  zona Sul  do Rio,  o ex ministro  do governo Getúlio Vargas dr. Gustavo Capanema – um dos maiores educadores da República – , eu  tive  a imensa honra de jantar uma noite com  o dr Roberto Campos. Um gênio, muito a frente do seu tempo.

Ele comentou muito sobre Dinarte Mariz, Tarcisio Maia, Aluízio Alves e Jessé Freire, quando o assunto foi o  nosso estado.  Disse também que seu Nevaldo Rocha foi um dos maiores empresários de visão do país.   Falava sobre o comunismo, que um dia iria desaparecer, pois era inimigo do desenvolvimento, geração de emprego e renda e responsável pelo sofrimento de um povo amedrontado e ameaçado por crueis ditadores. 

Entre outras coisa, ele afirmou ainda naquela ocasião: “Eu e o Carlos Lacerda tivemos muitos embates aqui no no Rio e com o Adhemar de Barros em SP, porém o maior orador da história do nosso Congresso reconheceu a tempo o erro que aprendeu na sua infância”. Talvez você não saibam, mas o nome completo do  maior governador da Guanabara era Carlos Frederico Werneck de Lacerda. E o seu próprio nomefoi em homenagem aos comunistas  Karl Marx  e Friedrich Engels, os  responsáveis pela criação  do famigerado Manifesto Comunista. 

Voltando a Roberto Campos. Economista, diplomata, ministro, deputado federal e imortal da ABL, ele foi acima de tudo um profeta. Vejam o leste europeu, a Coréia do Norte, a Venezuela, Cuba e outros países que aderiram ao comunismo e observem como eles se encontram hoje. Na sua época o BNDES cumpria rigorosamente a  sua finalidade e não era “financiador” de obras a fundos perdidos para países que ninguém quer morar lá e quem está quer sair. Ele falou da “ideologia”  de muitos socialistas, mas que adoravam cachês em dólar, hotéis cinco estrelas e whisky 12 anos. 

Quero aproveitar essa oportunidade para, mesmo saindo do foco principal deste artigo,  dar ao amigo Flávio Rocha os parabéns pelo absoluto sucesso do seu evento “Brasil 200”. Foi um prazer conhecer naquela ocasião o mineiro Sebastião Bonfim, do grupo Centauro.  Tenho amigos em comum com ele, como o comandante Afonso (Líder Taxi Áreo), Ricardo Alencar (Coteminas) e Ricardo Guimarães ex presidente do Atlético Mineiro e dono do BMG. Eu disse a Sebastião que MG tem um “povo bão, do trem bão”. Ele riu muito. Uma pessoa simples e admirável. 

Que venham outros eventos, Flavio. Naquela ocasião eu abracei seu tio Ronald Gurgel, os amigos Sérgio e Nelson Freire, Tony Gadelha, Haroldo Azevedo, os queridos Roberto Serquiz e Marcelo Alecrim. Enfim,  muitos outros que são responsáveis pela estabilidade e crescimento da  economia do nosso sofrido, porém mais que viável, Rio Grande do Norte.

O fato é que 2018 é o ano do centenário de Roberto Campos. Eu sei que existe um ditado que diz que “ninguém é insubstituível”. Todavia, vai demorar muito a aparecer um brasileiro que reúna tantas qualidades. Se fosse necessário fazer uma conta matemática sobre ele, certamente ela  seria a seguinte:  Genialidade + probidade + espírito público + visão de futuro = Roberto Campos.

Feitos esses registros, quero ao final dizer da tristeza que a morte de alguns amigos causou em mim, em seus familiares e muitos admirdores. Perdemos recentemente o maior empresário do ramo farmacêutico, João Patriota, que fez história e revolucionou a Fecomércio. Bem como, já meses atrás, o engenheiro e baluarte do CREA, apaixonado abecedista, Artimatéia Fernandes.  Dois homens honrados. Eu queria bem a eles e eles a mim.  Por isso eu desejo de coração que todos eles descansem em paz!

Cid Montenegro – Empresário e Desportista

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