Foto divulgada pela instituição de caridade veterinária britânica PDSA mostra Magawa, um rato gigante africano, com sua medalha de ouro recebida do PDSA por seu trabalho na detecção de minas terrestres em Siem Reap, no Camboja  — Foto: Divulgação/PDSA via AFP
Foto divulgada pela instituição de caridade veterinária britânica PDSA mostra Magawa, um rato gigante africano, com sua medalha de ouro recebida do PDSA por seu trabalho na detecção de minas terrestres em Siem Reap, no Camboja — Foto: Divulgação/PDSA via AFP

Heróis vêm em todas as formas e tamanhos. Um rato africano gigante de cinco anos chamado Magawa, no entanto, deve ser um dos mais improváveis do mundo.

O roedor ganhou o equivalente animal da maior honra civil do Reino Unido por bravura por causa de sua habilidade fantástica de farejar minas terrestres e munições não detonadas.

A organização veterinária britânica PDSA concedeu na sexta-feira (25) a Magawa a medalha de ouro “por sua bravura salvadora e devoção ao dever”, que transformou a vida das pessoas no Camboja.

Magawa, que foi treinado pela instituição de caridade belga APOPO, farejou 39 minas terrestres e 28 itens de munições não detonadas, tornando-o  “HeroRAT” (Rato herói) de maior sucesso da organização.

Magawa recebe uma banana de recompensa enquanto trabalha para detectar minas terrestres no Camboja. O roedor ganhou o equivalente animal da maior honra civil do Reino Unido por bravura nesta sexta-feira (25) por sua habilidade fantástica de farejar minas terrestres e munições não detonadas  — Foto: Divulgação/PDSA via AFP
Magawa recebe uma banana de recompensa enquanto trabalha para detectar minas terrestres no Camboja. O roedor ganhou o equivalente animal da maior honra civil do Reino Unido por bravura nesta sexta-feira (25) por sua habilidade fantástica de farejar minas terrestres e munições não detonadas — Foto: Divulgação/PDSA via AFP

“O trabalho do HeroRAT Magawa e da APOPO é verdadeiramente único e notável”, disse o diretor geral da PDSA, Jan McLoughlin.

Milhões de minas terrestres foram colocadas no Camboja entre 1975 e 1998, causando dezenas de milhares de vítimas.

Magawa, que fica na cidade de Siem Reap, é o primeiro rato a receber uma medalha PDSA nos 77 anos de premiação, juntando-se a um ilustre bando de bravos caninos e felinos — e até mesmo um pombo.

A medalha de ouro PDSA é o equivalente animal da Cruz de Jorge, a mais alta condecoração civil do Reino Unido. A instituição de caridade também concede a Medalha Dickin, para animais militares.

Farejar e arranhar

A APOPO treinou Magawa na Tanzânia para detectar o composto químico dentro dos explosivos, recompensando-o com guloseimas saborosas — bananas e seus amendoins preferidos.

Os ratos alertam os desminadores arranhando a terra.

Ele pode vasculhar uma área do tamanho de uma quadra de tênis em apenas 30 minutos, algo que levaria quatro dias usando um detector de metal convencional.

Ele é grande o suficiente para ser preso a uma coleira enquanto trabalha, mas leve o suficiente para não detonar minas.

“O prêmio PDSA Gold Medal traz o problema das minas terrestres para a atenção global”, disse Christophe Cox da APOPO.

Cox disse que sua equipe de “HeroRATs” acelerou a detecção de minas terrestres por causa de seu olfato apurado e memória.

“Isso não apenas salva vidas, mas devolve as terras seguras tão necessárias para as comunidades o mais rápido e com o melhor custo-benefício possível.”

A APOPO atualmente tem 45 ratos farejadores de minas terrestres e 31 detectando tuberculose na África e na Ásia, de acordo com seu site.

Fonte: G1

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