PRINCIPAIS FESTAS TÍPICAS NO BRASIL –

O nosso país é muito rico em festas regionais, figurando algumas no calendário oficial dos Estados onde são realizadas.
 
Auto dos Quilombos – Encenação dramática realizada frequentemente no Natal, em cidades nordestinas. Com cânticos e danças, procura-se reconstituir os quilombos, núcleos povoados por escravos fugitivos no século XVII. São representadas duas guerrilhas: uma de índios, outra de negros aquilombados. Levam-se os negros, vencidos, em folia pelas ruas, onde são vendidos ou trocados por doces e balas.
Axé – É cada um dos objetos sagrados do Orixá (divindade africana). Pedras, ferros, recipientes, que ficam no Peji (santuário) nas casas de candomblé.
Bumba-Meu-Boi – Teatro popular, com danças e desafios, que se originou no Nordeste e se disseminou pelo país. A encenação conta a história da grávida Catarina, que tem um desejo estranho: comer a língua do boi mais bonito que existe. Seu marido, Francisco, rouba o boi do patrão e com a ajuda de um menino, corta-lhe a língua. O fazendeiro ao descobrir, manda os índios prendê-lo. Um curandeiro é chamado e ensina a ressuscitar o boi. Também é chamado de Calemba e Bumbá. No nosso Estado um dos mais conhecidos é o do município de São Gonçalo do Amarante.

Caboclinhos – Dançarinos usando vistosos cocares de penas de avestruz e de pavão, saias e adereços, fazem uma série de evoluções. No carnaval de Pernambuco, há também a evolução das tribos de caboclinhos. Com fantasias e estandartes, eles contam a glória de seus antepassados.

Capelinha – Grupo de pessoas enfeitadas com grinaldas de folhagens que vão cantar de casa em casa em troca de doces na época de São João. O refrão da música é sempre o mesmo: “Capelinha de melão / é de São João / é de cravo, é de rosa / é de manjericão”.
Chegança – Evoca a luta entre cristãos e mouros durante a Idade Média. Ao abordar um navio cristão, os mouros são derrotados e batizados. Acontece no Nordeste na época do Natal.
Corpus Christi – Dia santo, de celebração do corpo de cristo, feriado nacional. Em muitas cidades, enfeitam-se as faixas centrais das ruas com figuras coloridas da liturgia católica feita de flores, plantas, folhagens, pó de café e areia.
Divino Espírito Santo – Celebrada a descida do Espírito Santo sobre os apóstolos, com missa cantada, procissão, quermesse, cavalhada e comilanças, sob as ordens do imperador divino, que é escolhido anualmente pela comunidade e pode ser um adulto ou um menino.
Fandango – No período do Natal, personagens vestido de marinheiro cantam e dançam ao som de instrumentos de corda.
Farra do boi – Misto de tourada e malhação de Judas, acontece no estado de Santa Catarina. Aos sábados os moradores saem as ruas perseguindo um boi torturando e quando o mesmo não oferece resistência, então é sacrificado e sua carne repartida entre os farristas. Grupos ecológicos protestaram e a farra do boi foi proibida. Às vezes acontece na clandestinagem.
Festa da uva – Acontece em Caxias (RS) no mês de março com desfile de carros alegóricos e escolha da rainha. O primeiro concurso foi ganho por Adélia Eberth.
Festa de Iemanjá – Realiza-se no primeiro dia do ano em quase todas as cidades brasileiras, com exceção de Salvador (BA) que se verifica no dia 2 de fevereiro. Homenageia Iemanjá, “Rainha das águas e sereia do mar”, principal orixá feminino do candomblé, mãe de Xangô, Iansã e Oxossi. Oferendas como flores, perfumes, espelhos e sabonetes são colocadas em barcos e jangadas. A tradição diz que Iemanjá aparece rodeada por espumas para apanhar os presentes.
Festival de inverno – Se realiza no mês de julho, em Campos de Jordão (SP). Evento de música erudita.
Festival do folclore – Realiza-se no segundo domingo de agosto na cidade de Olímpia (SP) com duração de 1 semana.
Folia de Reis – Auto popular natalino que relembra a visita dos 3 reis magos ao menino Jesus, no período de 24 de dezembro a 2 de fevereiro. O dia de Reis é comemorado no dia 6 de janeiro.
Lapinha – É representada por grupo de pessoas que reunido diante de um presépio cantam músicas natalinas na noite de Natal.
Mamulengo – Teatro popular de fantoches do Nordeste. Teve início no século XVI em Olinda (PE). Os bonecos interpretam cenas do cotidiano em que os diálogos são improvisados durante a apresentação.
Maracatu – Folguedo em que os blocos saem durante o Carnaval, divididos em alas que representam nações africanas. Instrumentistas com tambores, chocalhos, agogôs, acompanham o grupo.
Nossa Senhora Aparecida – A data de 12 de outubro é dedicada a N.S. Aparecida, padroeira do Brasil, desde 1980, é feriado nacional. A cidade do mesmo nome em São Paulo atrai romeiros para missas, procissão e visita a basílica.
Páscoa – O coelho e o ovo de páscoa chegaram no Brasil com os imigrantes alemães em 1913.
Vaquejada – Neste evento, o vaqueiro deve apresentar habilidade e força ao perseguir o touro a cavalo para derruba-lo segurando sua cauda. Os participantes correm em dupla.

Lenilson CarvalhoDentista e escritor

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