O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), divulgado pelo Banco Central nesta quinta-feira (16) e que é considerado uma “prévia” do resultado do Produto Interno Bruto (PIB), aponta que a economia brasileira encolheu 4,34% em 2016.

Foi o segundo ano seguido de retração da atividade econômica e, se confirmada, a queda do PIB em 2016 será a maior desde 1990, quando atingiu -4,35%. O resultado oficial do PIB só será divulgado em 7 de março pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O índice de 4,34% do IBC-Br é resultado da comparação entre os anos de 2016 e 2015 sem ajuste sazonal, pois considera períodos iguais (ano contra ano). Essa comparação é avaliada como mais apropriada por economistas. Com ajuste sazonal, o recuo do PIB no ano passado, apurado pelo BC, foi de 4,55%.

O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. O resultado negativo do ano passado é reflexo da crise econômica, do aumento do desemprego e da taxa de inadimplência.

Em 2015, a economia brasileira já havia registrado encolhimento, de 3,8%. Já em 2014, houve um crescimento de 0,5% no Produto Interno Bruto (PIB).

Para tentar reaquecer a economia, o governo Michel Temer tem anunciado medidas como a liberação de saques das contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). O Banco Central também vem reduzindo a taxa Selic, o que deve se traduzir em queda dos juros dos empréstimos bancários.

O resultado da “prévia do PIB” anunciado nesta quinta é pior do que esperado pelo mercado financeiro. Na pesquisa mais recente feita pelo BC, com as opiniões colhidas na semana passada, os analistas dos bancos previram um tombo de 3,5% para o PIB em 2016, na comparação com 2015.

Em dezembro, Banco Central estimou que o PIB de 2016 teria encolhimento de 3,4%.

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