FERNANDO JORGE

Fernando Jorge

Precisamos de mártires para olhar o mundo com outros olhos?

Pois é.

A imagem do menino Sírio Aylan Kurdi morto numa praia da Turquia chocou o mundo. Ver o soldado erguendo seu corpinho frágil é como se o mundo desabasse sobre mim. Um verdadeiro tapa na cara de todos nós.

Como pode em pleno século XXI existir barreiras étnicas, com toda essa tão decantada globalização. Então quer dizer que existe a globalização somente nas questões comerciais?

Trazendo para nossa realidade brasileira, é importante que todos saibam que também temos as nossas própria barreiras.

Quando é que o nordestino vai ser aceito no Sul e Sudeste de forma livre e sem o preconceito?

Sim, porque no Rio de Janeiro todos os nordestinos são chamados de Paraíba (em SP é Baiano). E lá no RJ, associa-se ao “Paraíba” à função de Porteiro de Prédios. O cara pode ser a maior autoridade na sua área de atuação, mas é visto como um “cabeça-chata”.

Quantas vezes não já vimos reportagens de nordestinos sendo agredidos e ofendidos em SP? Tem até campanhas contra nordestinos, negros, judeus e gays.

Temos também a nossa própria Bósnia, Síria, Palestina e etc. É bom que não estejamos enganados com a realidade brasileira.

O mundo já havia ficado chocado com as fotos das crianças vietnamitas fugindo dos horrores que o fotografo Huynh Cong Ut registrou da “Menina Napalm”, Kim Puch, com o corpo todo coberto pelo efeito do ataque com Napalm.

Parece que de tempos em tempos é preciso chocar (chacoalhar) o mundo para poder frear os atos desumanos que a guerra traz. Preconceito também é uma guerra.

Eu, como cidadão, estou atento ao preconceito.

E você?

Fernando JorgeContador e Cidadão

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