Depois da grande operação realizada ontem para o inicio da construção de um muro que separe os pavilhões ocupados por duas facções rivais na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte, o comandante da Polícia Militar, coronel André Azevedo, disse que o controle do presídio aina permanece nas mãos dos internos. A prioridade da PM era garantir a ordem para que o muro provisório fosse construído a fim de evitar novas mortes. Até o início da noite de ontem, a primeira linha de contêineres, sete no total, foi instalada com sucesso e a segunda linha já estava em andamento. Essa estrutura provisória será terminada hoje. Já o muro permanente, de concreto, será construído pelo Departamento de Estradas e Rodagens (DER) do estado. A previsão é que ele seja concluído em, no máximo, 20 dias.

Nenhuma vistoria foi realizada até agora para a retirada de armas do presídio. Essa é atribuição do Grupo de Operações Especiais (GOE) e dos agentes penitenciários, ligados à Secretaria de Justiça e Cidadania (SEJUC). Mas o Cel. Azevedo adiantou que não adiantaria no momento retirar armas brancas do local, porque os presos fabricariam outras, já que a penitenciária está completamente destruída e que qualquer pedaço de ferro poderia se transformar numa arma. As armas de fogo que possam estar dentro da unidade também não foram retiradas.  O comandante afirmou que não seria possível encontra-las nas condições atuais, pelo tamanho do terreno, todo feito de areia, o que permite aos presos fazer buracos para esconder coisas no solo. A Secretaria de Justiça do estado explicou que o GOE não foi destacado para a operação por uma questão de “gestão de pessoal”, já que os seus integrantes estão realizando vistorias preventivas em outros presídios, para impedir novas rebeliões.

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