PARE O MUNDO QUE EU QUERO DESCER – 

Estamos vivendo uma época confusa e parece que é em grande parte do mundo. E com o coronavírus piorou muito mais. Com tantas outras oportunidades para nos manifestamos, grande parte da população do planeta resolveu fazer desse momento de grave pandemia, um palanque para a realização de mil tipos de protestos, principalmente políticos. Que coisa!

A gente comprova isso em vários países e principalmente no Brasil. O que uma grande parte dos brasileiros, dum lado e do outro, está querendo nos dias atuais? Uma queda de braço ideológica sem fim? Uma permanente guerra política? Isso tudo em plena pandemia? Onde está a noção do equilíbrio e sensatez?

Posso estar errado, eu bem sei, afinal não sou o dono da verdade. Mas não entendo como conseguimos misturar tantos graves problemas numa época de forte apreensão. Paira nas redes sociais, inclusive, uma agressividade verbal uns com os outros de grande virulência. Pensando nisso, me lembrei de uma velha música que dizia “Pare o mundo que eu quero descer!”

Sinto-me às vezes como João Batista, que pregava no deserto. Pois venho comentando há muito sobre o perigo do atual momento, que pode ter sérias consequências. Muitos discordam, mas não estou sozinho. E percebo isso pois, se alguns não concordam com as minhas observações, outros tantos me dizem que pensam do mesmo jeito.

O fato é que sinto que há um sentimento de belicosidade reinando no mundo e no país, o que mais me preocupa. Assim, repito: Pare o mundo que eu quero descer. Para poder respirar o ar puro da natureza, para poder ver as coisas sob outro prisma, de maneira equilibrada. Para enxergar o que de belo existe no planeta, no ser humano, independentemente de cor, credo, das posições políticas, Ideológicas, da posição social ou financeira.

Pode ser que esteja com um TOC Transtorno Obsessivo Compulsivo , ao repetir essa preocupação constantemente. Mas o que quero mesmo é desejar que essa fase passe logo. Aí eu me lembrei “an passant” de outra canção, Imagine, de John Lennon. “Você pode pensar que sou um sonhador ; mas eu não sou o único”.

Desejo que os mortais voltem ao normal e que as pessoas interajam e se vejam como antes. Mesmo que seja no chamado “novo normal”, com as precauções impostas pela novíssima realidade. Com máscara, álcool gel e tudo mais. Tenho dito.

 

 

Nelson Freire – Jornalista, editor do Blog Ponto de Vista, Economista e Bacharel em Direito

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *