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Os advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de sua mulher, Marisa Letícia, divulgaram, na noite desta sexta-feira (26/8), uma nota em que repudiam a decisão da Polícia Federal de indiciar o casal na Operação Lava-Jato. Na avaliação dos defensores, o inquérito “tem caráter e conotação políticos” e é uma “peça de ficção”. Lula e Marisa foram indiciados em um inquérito que investiga o triplex do Condomínio Solaris, no Guarujá (SP). O ex-presidente é investigado por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica e Marisa por corrupção e lavagem. Na nota, os advogados afirmam que o casal é inocente e rebatem as acusações. Sobre a investigação de corrupção passiva, os defensores alegam que, conforme consta no registro feito no Cartório de Registros de Imóveis do Guarujá, o triplex pertence à empreeiteira OAS e que Lula e Marisa estiveram no local apenas uma vez “para conhecê-lo e verificarem se tinham interesse na compra”.

 

Sobre a acusação de falsidade ideológica, por uma suposta participação de LUla na celebração de um contrato falso com a empresa Granero Transportes LTDA, a defesa diz que “o ex-presidente não teve participação nessa relação jurídica”. Em relação ao indiciamento por lavagem de dinheiro, os defensores afirma que, para o crime ser configurado, Lula e Marisa precisavam saber que a origem da verba era ilícita (no caso, oriunda de desvios na Petrobras), o que não aconteceu. Mais uma vez, a defesa reitera que o casal não é proprietário do imóvel. Por fim, os advogados questionam o fato de o inquérito, que teria sido instaurado em 22 de julho, só chegou ao conhecimento dos defensores há seis dias.

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