PALAVRAS… “IMBECILANDO”? –

Estava pensando sobre as palavras. Sabe, quando não encontro uma palavra que, de fato, faça jus ao que estou sentindo, tenho a ousadia de criar, inventar ou mesmo juntar palavras que se aproximem do que quero expressar. Eita que povo louco é esse, não é?

Um dia, meus filhos estavam danados brigando/brincando na sala- brincadeiras de criança que adulto finge não entender, com a TV ligada nas alturas, eu estava louca com tanta zoada, era muita barulheira e bagunça. Em desespero, para que eles parassem com aquela confusão toda, disse assim (aos gritos): Ei, ei, ei ei… PAREM!!! Vocês estão “IMBECILANDO”? Eles, tadinhos, não entenderam nada, eu cai na gargalhada e fui tentar explicar que aquela palavra se tratava da mistura, que eu acabara de inventar, de imbecil com endoidando. Só não me perguntem como saiu esse nome, que nem eu vou saber responder, só sei que, no aperreio, foi o nome que saiu, e surtiu efeito, eles pararam com o barulho e a bagunça. Rolamos no chão as gargalhadas com o novo nome “IMBECILANDO”, que adicionamos ao nosso vocabulário e, vez por outra, usamos em situações caóticas no nosso dia dia

Sou devota das palavras e seus significados, nem que sejam as criadas e/ou modificadas por mim, desde “vixe” (deformação fonética de “Virgem”, se diz quando se quer expressar espanto: “Vixe” Maria!) até ósculo, que não é uma corruptela de óculos.

Só mesmo as nossas amigas palavras para nos entender…

Valho-me delas nas horas incertas ou mesmo numa festa. Ah, nas festas não faltam ósculos, no rosto, na mão ou na testa.

Vixe, danou-se, deu até vontade de oscular!

 

 

 

 

Flávia Arruda – Pedagoga e escritora

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