O EDITORIAL DO FINANCIAL TIMES E A DEMOCRACIA –

​​​O jornal Britânico “Financial Times” em seu editorial coloca a preocupação na democracia brasileira, considerada a maior da América Latina, em face do Presidente da República comparecer diversas vezes as manifestações pedindo o fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal, e sempre seus seguidores sugerirem a possibilidade de uma ditadura militar, embora considere improvável que o Exercito venha conduzir uma ruptura institucional.

​​​Disse o Financial Times – FT que a última ditadura estabeleceu um caos na economia brasileira, e perseguiu os opositores, mas, as instituições vem conseguindo resistir e com uma imprensa que não se dobra, e constata que quanto maior for a improvável reeleição do Presidente, maior a tensão política, que consiste em uma total verdade, para quem vem acompanhando os fatos políticos.

​​​O Financial Times é um jornal em língua inglesa, da maior repercussão internacional, com editorial dirigido para negócios e notícias econômicas, fundado no já longínquo ano de 1888 em Londres, Inglaterra, contando hoje, com 2,2 milhões de leitores no mundo e cadastrado 4,5 milhões de usuários, portanto, seus editoriais são da maior prestígio.

​​​O jornal britânico fez inclusive um paralelo entre o Presidente brasileiro e a forma de governar de Donald Trump, Presidente dos Estados Unidos,nacionalistas, “dando preferência a Deus e as armas”, governando pela utilização das mensagens através do Twitter. E assim se constata um açodando do ambiente político, como fez o presidente americano no caso da morte do afrodescendente George Floyd.

​​​A importância do Brasil no cenário mundial não se discute, pelo seu território e biodiversidade, pelo seu mercado interno de mais de duzentos milhões de pessoas, mesmo com os bolsões de pobreza, em face de sua cultura diversificada, pela sua riqueza econômica geradora de commodities, seja na mineração e no petróleo, como também, no agronegócio, na sua posição estratégia na América Latina e nos grupos econômicos que participa.​​​

A democracia brasileira tomada como marco à promulgação da Constituição cidadã, de outubro de 1988, com um calendário eleitoral estabelecido, o funcionamento de suas instituições, com senões no período, é bem verdade, possibilitando uma pluralidade e alternância de poder, participando da civilidade e humanismo internacional alinhado com a cultura do ocidente, de certa forma é nova e ainda, em construção, com a colaboração de gerações.​​​

O editorial do Financial Times – FT em face de sua importância e repercussão internacional, principalmente de natureza econômica, que logo após a calamidade pública de ordem sanitária, que se espera que seja para breve a saída, quando todos os países precisarão de recuperação econômica, a estabilidade democrática é essencial para o mundo globalizado, não sendo mais aceitáveis os arroubos contra a democracia e uma política de isolamento do país.

 

 

Evandro de Oliveira Borges – Advogado

 

As opiniões contidas nos artigos são de responsabilidade dos colaboradores

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