O Anestesiologista que não tem pulso ou capacidade rápida de decisão não sobrevive. Funciona assim: acontecendo uma parada cardíaca numa cirurgia ele tem poucos segundos pra fazer o coração bater novamente. Não interessa saber qual a causa da intercorrência. Depois de resolvido o que é emergente é que se inicia o processo de diagnóstico da falência cardíaca.
 
Trazendo o caso para os últimos casos de violência que ocorreram no país, aconteceu algo semelhante em Minas. O governador acionou as forças armadas. A aeronáutica sobrevoou o local e deu o ultimato. Vinte minutos pra saírem todos. A não obediência implicaria bombardeamento aéreo. No tempo estipulado foi resolvida a questão. Depois de controlar a situação se enviariam os apenados para um estádio de futebol, por exemplo. Aí, então entrariam em ação a Cruz vermelha, os Médicos sem Fronteiras, a Pastoral da Paz, os que defendem os Direitos Humanos, para as ações humanitárias cabíveis e eventuais transferências.
 
Tolerância zero nas ruas também. Estamos vivendo uma guerra e não existe outra solução possível. Sem decisão e pulso nada se resolverá. Não é preciso ninguém comentar este pequeno artigo. Eu mesmo não discutiria, pois não sou especialista no assunto. O embroglio, inclusive no nosso casodeverá será resolvido pelo Governador, que é pago para isto.
 
Por oportuno, bala de borracha e spray de pimenta é conversa pra boi dormir.
 
José Delfino – Médico, músico e poeta.
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