Adauto Medeiros
Não acho justo que a sociedade em sua grande maioria, diante da crise enorme politica, coloque a culpa semente no PT. Quem deu sustentação ao Partido dos Trabalhadores nesses treze anos de governo, foi exatamente o PMDB, o mesmo partido que já tinha sustentado os militares, e que os defendeu até as diretas já.
Para um partido (o PMDB) que já teve como líder o Dr. Ulisses Guimarães, que foi o fundador e fundamental para a queda da ditadura e o recomeço da nossa atual pseudo democracia, pois entendo que mesmo com todos os avanços ainda não atingimos o estágio de uma verdadeira democracia.
Basta olhar o nosso estado, aqui no Rio Grande do Norte, e que não é uma exceção, em que três famílias reais comandam o Estado, os governos, e estão no poder, se revezando a mais de 50 anos. Para eles certamente que é muito bom, tudo está muito bom, mas para o povo tem sido péssimo.
E para essas oligarquias quanto mais pobres e atrasado for o estado, melhor. Quanto mais doentes melhor. Portanto, podemos chegar a triste conclusão: foram os mais carentes que levaram as referidas famílias reais aos céus da politica, dando essas oligarquias uma vida de reizinhos, isso até hoje.
Ora, somente votar não caracteriza um sistema democrático. Apenas o direito de escolher seus dirigentes, aliás que tem sido sempre os piores, não garante um regime democrático. Parece-me às vezes que de fato nem Deus dá mais jeito.
No entanto, ainda sonho com uma luz no fim do túnel, uma chama que possa clarear a sociedade. Uma coisa é certa: para mudarmos esse quadro dramático, precisamos entender de uma vez por todas que não precisamos de salvadores da pátria, mas de homens honestos, e que sejam decentes e não populistas.
O que esperamos diante de toda essa atual crise, que se houver mesmo o impeachment, que os Pemedebistas, lembrem-se do grande Dr. Ulisses Guimarães e não se coloquem como salvadores da pátria. Basta de Lulas, Dilmas, e outros políticos populistas. O que queremos são políticos compromissados com a população, com o povo, com a modernidade.
Adauto Medeiros, engenheiro civil e empresário [email protected]