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Para alegria do Palácio do Planalto, o Banco Central abriu espaço para a queda da taxa básica de juros (Selic) ainda neste ano. Segundo o relatório trimestral de inflação divulgado hoje, a autoridade monetária vê a inflação praticamente no centro da meta, de 4,5%, no fim de 2017.

Pelas projeções do BC, a inflação deste ano será de 6,9%, estourando pelo segundo ano consecutivo o teto da meta. Para 2017, o BC projeta custo de vida de 4,7%. De acordo com a autoridade monetária, no segundo trimestre de 2018, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) estará em 4,2%. Para chegar a esses números, O BC levou em consideração dólar a R$ 3,45 e taxa Selic de 14,25% ao ano até a primeira metade de 2018.

Apesar desse quadro mais favorável para a inflação, o presidente do BC, Ilan Goldfajn, deve manter um discurso duro para esfriar a ansiedade dos agentes econômicos em relação à queda dos juros. O alívio monetário, segundo ele, só virá quando houver segurança em relação ao controle do custo de vida. Ilan deixará essa posição bem clara na entrevista que concederá hoje.

No mercado, a reação foi de surpresa em relação ao discurso duro do BC sobre a resistência da inflação. Com isso, os analistas praticamente enterraram a possibilidade de queda da Selic em julho. Também diminuíram significativamente as apostas de cortes nos juros em agosto. Agora, a probabilidade maior é de recuo da Selic a partir de outubro.

O BC reduziu a previsão de queda para o Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, de 3,5% para 3,3%. Será o segundo ano consecutivo de contração do país, o que não se vê desde 1930 e 1931.

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