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A taxa de inadimplência dos clientes bancários, nas suas operações com recursos livres (excluindo crédito imobiliário, rural e do BNDES), voltaram a subir em julho, segundo informou o Banco Central nesta quinta-feira (25). No mês passado, a inadimplência avançou 0,1 ponto percentual, para 5,7% após ter registrado queda em junho.

Os dados da autoridade monetária mostram ainda que, no caso das taxas de juros com recursos livres, houve nova alta no mês passado – para 52,7% ao ano, novo recorde da série histórica, que começa em março de 2011. Nesse caso, os juros do cheque especial contribuíram para o aumento.

O aumento da inadimplência das empresas e das famílias acontece em um momento de forte recessão na economia brasileira. No ano passado, o Produto Interno Bruto (PIB) encolheu 3,8% e a previsão para este ano é de um tombo acima de 3%. Com a atividade em queda, avança a taxa de desemprego – o que também contribui para pressionar a inadimplência.

O BC informou que a taxa de inadimplência das pessoas físicas, nos empréstimos bancários com recursos livres, que mede atrasos nos pagamentos acima de 90 dias, somou 6,2% em julho – o maior patamar desde maio deste ano (6,3%). Já a taxa de inadimplência de empresas subiu de 5,1% em junho para 5,2% em julho, o maior nível também desde maio deste ano (5,3%).

No caso dos juros bancários, os números do Banco Central mostram as taxas cobradas das pessoas físicas subiram 0,5 ponto percentual em julho, para 71,9% ao ano (também o maior da série), enquanto que os juros bancários médios cobrados das empresas, ainda nas operações com recursos livres, avançaram de 30,3% em junho para 30,4% ao ano em julho.

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