HOLLYWOOD, FILMES E CANÇÕES – 

Garimpando vídeos de músicas em uma dessas plataformas virtuais, encontrei um jovem casal de cantores vietnamitas, interpretando com emoção e grande talento a canção City of Stars, da trilha sonora do celebrado e premiado filme La La Land. À descoberta daquele momento maravilhoso, somou-se a curiosidade de visitar, por um exercício da memória e de algumas pesquisas, inesquecíveis canções que marcaram a vida dos amantes do cinema de Hollywood.

As lembranças chegam até o romantismo da música Love Is a Many Splendored Thing, tema e título original do filme Suplício de uma Saudade, na voz de Matt Monro, que também imortalizou From Russia With Love, de Moscou Contra 007. Me deliciei ao som de The Sound of a Music que, na voz da cantora/atriz Julie Andrews, marcou um grande sucesso do cinema: A Noviça Rebelde. E já que estamos falando do passado em outro século, somos levados a relacionar grandes e imorredouros hits. Um Dia em Nova York, com Frank Sinatra cantando New York, New York; As Time Goes By, cantado por Dooley Wilson no famoso Casablanca; Over The Rainbow, na doce voz da então adolescente Judy Garland, em O Mágico de Oz. Porém, poucos lembram de Summertime, a ária mais importante da peça Porgy and Bess, e, no filme, interpretada por Katthleen Battle; ou de Around the World in 80 Days, com Nat King Cole emoldurando a trilha sonora de A Volta ao Mundo em 80 Dias; Gordon MacRae e Shirley Jones, em dueto, nas músicas Oh! What a Beautiful Morning, de Oklahoma e You’ll Never Walk Alone, de Carrossel, dois belos musicais da Meca. O gênero registrou alguns momentos inesquecíveis: Hello, Dolly, facilmente reconhecível na voz de Louis Armstrong, em Alô, Dolly; uma incrível e deslumbrante Marilyn Monroe cantando Diamonds Are a Girls Best Friends, em Os Homens Preferem as Louras, e Kay Starr com Wheel of a Fortune, canção-título original de A Roda da Fortuna.

Os musicais, evidentemente, registraram muitos sucessos. Não dá para esquecer Singin’in the Rain, ou Cantando na Chuva, com um Gene Kelly diretor, ator, dançarino e cantor; ou das energizantes performances de John Travolta e Olivia Newton-John, em pelo menos dois momentos do filme Greese – Nos Tempos da Brilhantina: You’re The One That I Want e Summer Nights; da comédia romântica com Elvis Presley, Love Me Tender, ou Ama-me com Ternura, da mesma época em que Doris Day nos brindava com Que Sera, Sera, do suspense O Homem que Sabia Demais, de Hitchcock; Audrey Hepburn cantava lindamente Moon River, em Bonequinha de Luxo, enquanto Pat Boone soltava o vozeirão para mostrar The Exodus Song, do filme Exodus.

Mais românticos? Ninguém esquece de Un Homme et une Femme, com a orquestra de Francis Lai, em Um Homem e uma Mulher; as lágrimas da plateia com Love Story e A Time for Us, nas vozes de Andy Williams e Johnny Mathis, em Uma História de Amor e Romeu e Julieta; Celine Dion celebrizando My Heart Will Go On, em Titanic. Na mesma relação, constam I Will Always Love You, de Whitney Houston, em O GuardaCostas; She, em Um Lugar Chamado Notting Hill, cantada por Elvis Costello e popularizada por Charles Aznavour; Raindrops Keep Falling on my Head, de Butch Cassidy e Sundance Kid, com B. J. Thomas; Mrs. Robinson, de A Primeira Noite de um Homem, com Simon and Garfunkel; Everybody’s Talkin, de Perdidos na Noite, com Harry Nilsson. E nunca esquecer de Oh! Pretty Woman, do filme Uma Linda Mulher, cantada por Roy Orbison, ou mais longe, da Itália, Dio Come te Amo, com Gigliola Cinquetti.

 

 

 

 

 

 

Alberto da Hora – escritor, cordelista, músico, cantor e regente de corais

As opiniões contidas nos artigos/crônicas são de responsabilidade dos colaboradores

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *