Construção de hotel na Via Costeira já consumiu cerca de R$ 55 milhões: Obra gerou questionamentos por ultrapassar, segundo a Prefeitura e o Ministério Público Federal, a altura permitida em Natal

O hotel inacabado que fica às margens da Via Costeira de Natal poderá ter as obras retomadas no primeiro semestre de 2015 e concluídas em até dois anos. Está em negociação junto ao Ministério Público Federal (MPF) a assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para liberar o reinício da construção. Ontem, durante a 42ª Abav Expo, realizada pela Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav) em São Paulo, Humberto Folegatti, empresário do grupo paulista HWF, dono do hotel, se encontrou com o secretário municipal de Turismo, Fernando Bezerril, e informou que, após assinado o TAC, pretende retomar a construção – que deverá ter o último andar demolido – em até seis meses.

De acordo com o MPF, uma minuta está sendo preparada pela Procuradoria Geral do Município (PGM) com os apontamentos das partes envolvidas no processo para que então seja elaborado o TAC. Conforme Humberto Folegatti, foram investidos cerca de R$ 55 milhões no que já foi construído, fora o valor do terreno – que ele não revelou. Outros R$ 55 milhões seriam necessários para concluir o empreendimento dentro do que foi previsto no novo projeto, elaborado pela arquiteta Viviane Teles.

“Estamos fazendo um acordo para atender a todas as partes, até onde foi possível chegar. Nós temos interesse em continuar a obra e terminá-la. E vamos fazer isso”, afirmou Folegatti.

A adequação necessária é a demolição do último piso. “Fizemos uma adequação dentro do que já está pronto, retirando o oitavo andar (quarto andar, tomando por base o meio-fio da Via Costeira). E na ala sul do hotel, nós não vamos passar do meio-fio da Via Costeira. Tecnicamente, nosso projeto está relacionado ao Plano Diretor antigo, mas foi um pedido que nos fizeram e que vimos que era possível atender, deixando satisfeitas todas as partes”, disse o empresário.

Segundo ele, após retomadas, as obras poderiam ser concluídas em até dois anos. “Demolições podem ser feita antes, mas a obra para valer, só seis meses depois (da assinatura do TAC) porque é preciso ter tudo construído a nível de projeto, levantamento de custos, alocação. Podemos gastar mais tempo antes, mas teremos assim a execução mais rápida”, explicou.

Há ainda uma pendência relacionada a uma multa do empreendimento junto a Prefeitura, no valor de R$ 140 mil. “Isso é quase 0,1% do valor do projeto”, minimizou Folegatti.

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